sábado, 5 de agosto de 2017



06 de abril de 2008
N° 15563 - Paulo Sant'ana


Pedestres escorraçados

Estou impressionado, na qualidade de eventual pedestre que tenho sido nas ruas e avenidas de Porto Alegre, com a fúria, que poderia chamar de assassina, dos motoristas que comigo cruzam.

Aqui na Avenida Erico Verissimo, basta que eu arranque para a travessia de uma das pistas, estimulado porque os carros vêm muito longe, os motoristas aceleram suas máquinas e quase passam por cima de mim, não fosse eu aligeirar meus passos, às vezes até um esforço supremo para a minha energia muscular, fugindo dos malfeitores.

É impiedosa a caçada que faz, a mim e aos outros pedestres, a maioria dos motoristas porto-alegrenses, sendo desanimador que os taxistas se dediquem também a esta sanha desumana.

Desse jeito com que me têm tratado, vão acabar me matando. Porque é só eu tropeçar e estarei frito.

Não há qualquer pudor em violar a lei e exceder em velocidade proibida nos motoristas da cidade.

São assassinos em potencial. E também não há qualquer fiscalização que os reprima. O pedestre ou é inimigo deles ou simplesmente eles o ignoram.

Por isso é que os índices de atropelamentos em Porto Alegre são assustadores.

E tenho sido também escorraçado nesse mesmo sentido pelas motos. Elas avançam contra mim furiosamente, desrespeitando que as antecedo com meu início de travessia das pistas, sob o cálculo da velocidade delas, acelerando para me espantar ou até mesmo sem ligarem para a possibilidade ilustre de que possam me atingir.

Chego a cogitar, tal é a minha revolta, de carregar comigo um peso de aço de dois quilos e arremessá-lo contra os que pretendem me atropelar, usando esse meu recurso de violência como legítima defesa.

E a prosseguir esse verdadeiro ataque de velocidade que sofro como pedestre por parte das motos, é bem possível que eu qualquer dia atire contra uma delas, no embate que se fere entre mim e elas nas ruas e avenidas - eu sempre me defendendo pela pressa em fugir e elas apressando na aceleração para me intimidar ou me atropelar - , a bolsa cheia de utensílios que sempre carrego aonde vou.

Qualquer dia eu arremesso minha bolsa contra um deles.

E tenho certeza de que a Justiça me dará ganho de causa por legítima defesa, tal o escândalo de suas atitudes agressivas.

Falta vergonha na cara desses patifes. E falta principalmente fiscalização.

Nunca foi autuado na história de Porto Alegre um motorista por tentar atropelar pedestre.

Por isso é que eles deitam e rolam nessa perversidade.

Recebo e publico: "Caro SantAna. Tuas palavras foram as pás que impediram de se varrer mais uma vez as bactérias para debaixo do tapete. Nós, médicos, temos muito pouca oportunidade de dizer as verdades sobre saúde.

Eu ainda sou um pouco privilegiado: tenho um comentário há 30 anos na Rádio Osório, intitulado Saúde para o Povo e a ZH e o Correio me dão oportunidades. Mas a maioria dos médicos não pode dizer a verdade.

São proibidos pelos diretores de hospitais (diretores políticos) e outras autarquias, todos politiqueiros. Portanto, a verdade sobre saúde pública ninguém fica sabendo, somente os engodos. Tais como os que disse nosso presidente da República, no Hospital Conceição, que a saúde estava chegando à perfeição.

Isso foi a maior mentira que já se ouviu de um presidente até hoje. Pois esse mesmo hospital está cheio de infectações e as filas aumentando e o povo acreditando na mentira. Somos um dos países com a pior qualidade de saúde e educação do mundo! Pode isso?

Pior vai ficar quando o feijão e o arroz acabarem, pois eucaliptos, acácia e pínus ninguém come. Portanto, SantAna, rogamos para que tua saúde continue forte e te ajude e te dê poderes para nos ajudar a tornar a verdade amarga em doçuras da vida.

Com um fraternal abraço, (ass.) Dr. Valdaí (José Valdaí de Souza), médico, Cremers 6701, Av. Carlos Gomes, 328/501 cjvaldai@terra.com.br, fone 3328-4928".

Ótimo domingo e uma excelente semana especialmente para você.

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