segunda-feira, 21 de agosto de 2017


21 DE AGOSTO DE 2017
RBS BRASÍLIA

Equivocado e incompleto


Além de equivocado, o debate sobre o financiamento de campanha está incompleto. Um esquecimento proposital. Depois da repercussão negativa, os deputados estão dispostos a baixar a proposta de financiamento público de R$ 3,6 bilhões para R$ 2 bilhões. Outra corrente tenta trazer de volta o financiamento privado. É a surrada tática do bode na sala. Mas ficam de lado questões fundamentais: aumentará o rigor na fiscalização desses recursos? Há previsão da aplicação de um duro protocolo na prestação de contas? 

A Justiça Eleitoral aumentará o seu poder de controle? Estamos falando de verba pública que irá para as mãos de partidos. Siglas, hoje, comandadas por protagonistas da Lava-Jato. Os presidentes do PMDB e do PP são Romero Jucá e Ciro Nogueira e a presidente do PT é Gleisi Hoffmann. No PSDB, o interino é Tasso Jereissati, mas Aécio Neves não está totalmente afastado. A reforma que será retomada nesta semana tem o objetivo de resolver o problema de quem quer garantir os mandatos. Coordenador do gabinete eleitoral do Ministério Público/RS, Rodrigo Zilio lembra, por exemplo, que quem já teve contas rejeitadas vai poder concorrer:

- Sem falar que é zero a garantia de que não haverá caixa 2 - reforça.

Quer dizer, tudo indica que a bandalheira continuará, mas com ainda mais recursos públicos envolvidos.

O nome de Germano Rigotto voltou a ser citado por peemedebistas para concorrer a uma vaga ao Senado em 2018. Consultado, ele não nega, mas afirma que tomará uma decisão até o final do ano. O ex-governador alega que depende de como ficarão o sistema eleitoral e as coligações que o partido fará no Estado.

Presidente do PMDB no Rio Grande do Sul, Alceu Moreira afirma que a maioria da bancada gaúcha votará contra o fundão. Hoje, haverá reunião da executiva ampliada do partido para encaminhar uma proposta à Câmara.

Em nota à coluna, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, nega que exista "irritação" de sua equipe com deputados da bancada que estão disputando o apadrinhamento do acordo de recuperação fiscal do Estado. Ele acredita também que não existe esse cabo de guerra.

@Carolina_Bahia

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