sexta-feira, 16 de outubro de 2015



Contos de amor e morte por Vera Ione Molina
DIVULGAÇÃO/JC


Em nossas últimas décadas narcisistas, ditas pós-modernistas, muitos escritores ficam se divertindo ou se enganando com jogos de palavras estéreis e complicados, ausência de temática, esquemas de autopromoção e outras coisas desimportantes que, infelizmente, na maior parte do tempo, botam os leitores para correr e não merecem maiores comentários.

O quarto amarelo (Bestiário, 94 páginas), da escritora, crítica e professora uruguaianense Vera Ione Molina, coletânea de 25 contos sobre amor, morte, sobrenatural, situações do cotidiano, relações de família e outros temas eternos, é daqueles livros com forma e conteúdo equilibrados, com histórias bem-narradas. Os contos dão prazer aos leitores, dizendo, com linguagem precisa, clara e bem-trabalhada, sobre a passagem do tempo, as relações pessoais e sobre os pequenos grandes acontecimentos do cotidiano.
lançamentos

O quarto livro dos fatos e ditos heroicos do bom Pantagruel (Ateliê Editorial e Editora Unicamp, 456 páginas), clássico de François Rabelais, é o volume mais satírico. Continua com as aventuras do terceiro tomo, no qual Panurge pensa se vai casar ou não, e desiste, partindo para viagens a ilhas, onde encontra seres deformados.

Francamente (Literalis, 144 páginas), do advogado, professor, e ex-auditor jurídico do Tribunal de Contas Hélio Faraco de Azevedo, traz crônicas com fortes e embasadas opiniões sobre temas atuais, como Copa do Mundo e Seleção de 2014, Comissão da Verdade, corrupção, Deus, movimentos sociais e outros.

Quase coisa (Catarse, 88 páginas), do escritor, professor e jornalista Demétrio de Azevedo Soster, coletânea de poemas sobre amor, tempo, infância, pampa e mais, tem textos de apresentação de Jaime Vaz Brasil, Eliane Brum e Nei Duclós. Vaz Brasil escreve: "eis um artista que maneja a palavra com segurança dos maestros."

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