quarta-feira, 7 de outubro de 2015



07 de outubro de 2015 | N° 18317 
DAVID COIMBRA

Ele é daqui! É do IAPI! Vote no David!


Lanço agora, com retumbância, o ponto mais importante do meu programa de governo. Ei-lo:

Em primeiro lugar, privatizaria todas as universidades brasileiras. Todas. Outro dia, falei isso no Timeline Gaúcha, e um professor universitário me chamou de neoliberal, entreguista, disse que defendo o “Estado mínimo”, bibibi. Pois antes que você faça o mesmo, corra “às redes” para me xingar ou se ajoelhe para rezar pela proteção do Pai Lula, deixe-me explicar.

Faz tempo que elaborei meu programa, mas, ontem, ao ouvir a Rosane de Oliveira defender algo parecido na Rádio Gaúcha, me entusiasmei e decidi publicá-lo. Talvez até convide a Rosane para ser minha ministra da Educação.

Bem. Para você, que está nervoso, garanto que não: os pobres não ficariam desassistidos pelo meu projeto. Eles pagariam o financiamento da faculdade trabalhando para o Estado por algum tempo, depois de formados. Os médicos, por exemplo, passariam dois, três anos ou mais, sei lá, atendendo em cidades do Interior. Não seria mais necessário gastar com o programa Mais Médicos e, de repente, um ou outro profissional se apegaria à cidade e ficaria por lá. 

O mesmo ocorreria com engenheiros, arquitetos, advogados, jornalistas etc. Eles trabalhariam algum tempo para o Estado, por salários módicos e sem vínculo, melhorando as condições do serviço público e cortando despesas gigantescas da União. Seu desempenho nesse período seria avaliado pelos chefes, que seriam profissionais mais experientes e funcionários de carreira, e a avaliação valeria como currículo e indicações para trabalhar depois no próprio Estado ou na iniciativa privada.

Os recursos que sobrassem eu investiria na educação básica e fundamental, que, como o nome diz, é básica e fundamental, e por isso é mais importante.

As crianças seriam obrigadas a ficar na escola no mínimo das 8h às 17h. Até os 16 anos de idade, nenhuma criança poderia andar desacompanhada pelas ruas, nos dias de semana. Nenhuma, nem filho de rico. Aqui, nos Estados Unidos, é assim. Se alguma criança é vista sozinha na rua até as 14h, o policial vai até ela, pergunta por que ela não está na escola, bate na casa de seus pais e, aí, o problema pode ficar sério. No Brasil, eu alargaria esse horário até o fim da tarde. A criança tomaria café da manhã na escola, se quisesse chegar mais cedo. Depois, lanche, almoço, café da tarde, e só sairia depois do jantar, que, como o café da manhã, seria opcional.

Se os pais pudessem pagar as refeições, pagariam. Senão, tudo de graça. O atendimento médico para as crianças, a mesma coisa. Mas, se os pais puderem, que paguem, por favor. O posto de saúde da comunidade, com médico e dentista, ficaria na escola, bem como a biblioteca, a piscina, as quadras de esporte, o teatro e, muito importante, o posto de polícia. Um posto policial em cada escola, para afastar traficantes e proteger a comunidade.

O país seria reorganizado a partir da escola pública, que na verdade seria um centro comunitário aberto 24 horas por dia, sete dias por semana.

Os professores ganhariam bem, melhor do que nas escolas privadas. Mas teriam de apresentar resultados, sim. E nada de eleição para diretor de escola, nada de democratismo.

Só com essa mudança na Educação eu tiraria as crianças da rua, as afastaria do tráfico de drogas, melhoraria e baratearia o serviço público, o atendimento de saúde, a segurança, tudo.

Que tal? Vote em mim em 2018.

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