19 de outubro de 2015 | N° 18329
ARTIGO - IRINEU CASSEL*
COMO CHEGAR VIVO A 2017?
Se, neste ano e no próximo, a economia continuar deprimida no Brasil, o que fazer para levar a empresa viva até 2017? Esta é a pergunta que todos os empresários estão se fazendo. Estima-se que só em dois anos o país reconquistará o equilíbrio fiscal e a confiança que poderá mobilizar a retomada dos investimentos e o crescimento de emprego, renda e consumo. Isto afora alguma tempestade no campo político que poderá abreviar ou atrasar esse tempo.
Claro que a atual crise afeta cada um de maneira distinta, mas poucos estão isentos da retração do consumo e do crédito. Alguns pontos, entretanto, são comuns a todos: quanto mais liquidez tiver a empresa, maior seu fôlego para superar esse período. Se for o seu caso, pode ser a hora de ir às compras – há ativos disponíveis e baratos – ou investir em expansão física e divulgação para ganhar mercado. Mas se você não está nesse grupo privilegiado, terá trabalho duro pela frente para manter seu negócio saudável.
Diversificar mercados-alvo é importante, concentrar é alto risco. Cabe verificar suas competências para ofertar produtos e serviços diferenciados. Canais de distribuição fazem toda a diferença nos negócios. Se o mercado interno está complicado, trabalhe o externo, leva tempo, mas o esforço compensa, até porque o câmbio continuará favorável. As plataformas virtuais aproximam compradores de toda parte.
Preservar o caixa é tarefa essencial e para isso analise custos fixos e variáveis, despesas, financiamentos, prazos de recebimento e pagamento e obrigações fiscais. Negociar é regra de ouro, pois o que pode estar em jogo é a sobrevivência. Se a empresa quebrar, leva todos junto, vivendo, continuará empregando, comprando e pagando suas contas.
Essas ideias aparentemente simples e gerais valem para empresas de todo porte. Atualmente, grandes empresas recorrem sem pudores à recuperação judicial, flexibilizam jornadas de trabalho e prorrogam pagamentos. Dentro da ética, faça o que for preciso para continuar no jogo, pois 2017 o espera logo ali.
*Economista, consultor e empresário
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