Fraport e governo tentarão retomar voos em 1º de outubro
A data de reabertura do aeroporto Salgado Filho depende do resultado da análise das amostras colhidas na pista, mas uma data mais promissora do que dezembro foi definida como meta na reunião de ontem entre a cúpula da Fraport e três ministros do governo Lula. O objetivo com o qual as duas partes trabalham é retomar os voos em 1º de outubro, de forma parcial, e ir ampliando aos poucos (leia mais na página 11).
Oficialmente, ficou combinado de não falar em data, mas a coluna apurou que essa é uma meta considerada factível, mesmo que seja preciso mexer na sub-base da pista.
O chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo brasileiro não está satisfeito com os prazos previstos até agora, referindo-se à afirmação da CEO no Brasil, Andreea Pal, que falou em reabrir "antes do Natal". Mais tarde, ela havia dito que esse prazo era o previsto "na pior das hipóteses".
Único a falar pela Fraport, o CEO global da empresa alemã, Stefan Schulte, disse que não abria mão do prazo de quatro semanas para a conclusão da análise, por se tratar de uma questão de segurança. Os ministros Rui Costa, Paulo Pimenta e Silvio Costa Filho concordaram que segurança é inegociável.
Schulte informou que a empresa vai acionar o seguro e buscar financiamento no BNDES para executar as obras necessárias. Isso nem de longe significa que os alemães vão abrir mão de discutir o reequilíbrio do contrato. Apenas que essa conversa fica para uma segunda etapa, porque a discussão só pode se iniciar depois de apurados todos os gastos com a reconstrução e o prejuízo decorrente do período em que o aeroporto ficou e ficará parado. É possível que o assunto fique para a vinda de Schulte ao Brasil, nos dias 17 e 18 de julho.
Quando o ministro Silvio Costa Filho perguntou se a empresa cogitava sair do Rio Grande do Sul, Schulte disse que não e pediu desculpas pela fala de Andreea Pal, que aventou essa possibilidade ao responder uma pergunta da deputada Maria do Rosário.
Cai o secretário da Cultura de Melo
O secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Eduardo Garcez Paim, pediu exoneração ao prefeito Sebastião Melo. No lugar de Paim assume, temporariamente, a adjunta Liliana Cardoso.
Eduardo Paim foi alvo de busca e apreensão na manhã de sexta-feira passada. Em 2021, ele era adjunto de Sônia da Rosa, na Secretaria de Educação de Canoas. Sônia, que mais tarde foi secretária da Educação em Porto Alegre, está sendo investigada por suspeita de direcionamento em compras de livros e kits de robótica.
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