A CRISE, AS EMPRESAS E O FUTURO
Na última reunião da diretoria da Fiergs de 2023, no final de dezembro, fiz um balanço das ações da nossa entidade nas regiões afetadas pela estiagem seguida das fortes inundações do ano passado. Naquela ocasião, alertei que não podíamos apenas mitigar os danos. Disse que contra a estiagem, era preciso promover a irrigação; e contra as enchentes, era necessário nos prevenirmos tecnicamente para não cair em repetidas remediações. Destaquei que as prefeituras deviam assumir a responsabilidade do desassoreamento dos rios que margeiam suas cidades. Infelizmente, a realidade nos mostra que permanecemos no limite das emergências.
Assim como no ano passado, a Fiergs, por meio do Sesi, do Senai, do IEL e dos Bancos Sociais, está trabalhando no atendimento às regiões atingidas. Agora, com um engajamento ainda maior, tendo em vista a extensão da tragédia. A gravidade da situação nos levou a elaborar o documento sobre a "Reconstrução do Rio Grande do Sul".
Entre as demandas que alinhamos, está a reativação do Benefício Emergencial (BEm) e do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), cruciais para as empresas cumprirem obrigações trabalhistas que estão comprometidas a partir deste mês de junho. Essa medida urgente é uma entre as 78 proposições nas quais a Fiergs vem trabalhando para a plena reconstrução da economia estadual. São temas que vão desde a questão do necessário capital de giro das empresas até os investimentos na infraestrutura e na construção civil, passando por questões tributárias que proporcionem um certo alívio aos compromissos fiscais das empresas.
Em relação a essas questões, também cabe referir que os prefeitos que serão eleitos este ano terão uma responsabilidade ainda maior em proteger as respectivas comunidades. A convicção é de que precisaremos não apenas restaurar, mas criar uma forma de viver e produzir. Só assim o Rio Grande do Sul poderá assegurar um futuro realmente tranquilo para a nossa gente.
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