Manutenção da Expointer dá sinal positivo para o Brasil
A reconstrução do Rio Grande do Sul também é feita de sinais. Mesmo com o aeroporto Salgado Filho fechado e sem previsão de voltar a operar antes de dezembro, a Expointer será mantida na sua data original. A maioria dos participantes não depende de avião para visitar a feira, mas a falta de aeroporto dificulta a participação de visitantes de outros países. A feira precisa mais do trensurb, que hoje opera com limitações.
Manter a Expointer é um gesto de coragem e um recado para o Brasil: o Rio Grande do Sul foi arrasado pela enchente, mas não parou. É, também, uma forma de agradecer pela ajuda recebida de dentro e de fora do Estado.
Mesmo que o Parque de Exposições Assis Brasil tenha sido duramente afetado pela enchente e que precise de investimentos para receber os expositores e o público, a confirmação da Expointer na data original (24 de agosto a 1º de setembro) ajudará a alavancar a economia.
Pequenos e grandes produtores foram afetados. Perderam muito. Para se recuperar, precisam vender seus produtos, retomar a produção, começar de novo, em muitos casos. Em toda a Expointer do ano passado foram 822 mil visitantes e R$ 8 bilhões em negócios. Mesmo que neste ano não se atinjam resultados superlativos, o importante é não entregar os pontos.
O pavilhão da agricultura familiar será ainda mais especial neste ano, por conta da necessidade de exposição dos produtos dessas famílias que optaram por continuar no campo. Para esses produtores, o Ministério do Desenvolvimento Agrário prometeu o suporte necessário. Agora, é esperar que o apoio se confirme.
O governo tem obrigação de fazer a sua parte, recuperando a estrutura, mas quem faz o sucesso da feira são os expositores de todos os tamanhos.
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