Doação que emocionou
Em meio às doações que chegam ao RS, uma, em particular, emocionou voluntários que cuidam de animais resgatados da enchente. Trata-se do colchão de um cão de São Paulo.
Acompanhado de uma carta escrita à mão (foto) pela antiga tutora, o donativo foi entregue ao coletivo SOS Operação Nazário, que atua na proteção de animais na Estrada do Nazário, na Região Metropolitana, e tem sido incansável no cuidado de bichinhos afetados pela cheia.
Na carta, Patricia Smania, de Indaiatuba, conta que decidiu mandar ao RS a peça que um dia pertenceu a Johnny. Salvo da rua, ele viveu com ela por "12 anos, sete meses e seis dias", até morrer, em 2023.
- Desidratei chorando quando li. O colchonete está comigo, quero escolher um cão para recebê-lo e fazer uma homenagem - diz Cláudia Azevedo, à frente do grupo.
Colaborou Maria Clara Centeno
Sucesso total
É tanta gente boa reunida, que a bilheteria esgotou. A Orquestra Theatro São Pedro sobe ao palco nesta quinta-feira, às 20h, na Capital, para apresentar Jazz em Concerto, com a norte-americana JJ Thames, diva do blues, e o pianista Luciano Leães.
O drama do entulho
Entre as tantas facetas da catástrofe que se abateu sobre o Rio Grande do Sul em maio, uma delas - a dos entulhos acumulados após a enchente - segue desafiando moradores e gestores municipais.
O impacto é gigantesco. Primeiro, porque isso o que agora chamamos de "lixo", é, na verdade, um pedaço da vida das pessoas que foi levado pela água. Há um componente afetivo implícito, que deixa rastros não apenas nas ruas, mas também na saúde mental da população atingida.
Para piorar, montanhas de materiais descartados seguem cobrindo calçadas e vias em diferentes municípios do Estado, inclusive na Capital.
Andei pela Zona Norte e vi a situação. Em alguns locais, os montes passam de dois metros de altura, dificultando qualquer tentativa de retomada.
O prefeito Sebastião Melo tem dito que há enormes dificuldades para contratar mais máquinas capazes de acelerar o recolhimento dos restos. Elas viraram itens disputados na Região Metropolitana, onde o volume de escombros é algo jamais visto. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, até a noite de domingo, só em Porto Alegre, haviam sido retiradas 69,3 mil toneladas de resíduos - imagine uma manada de quase 15 mil elefantes (é mais ou menos por aí).
A demanda persiste, é superlativa e não tem solução fácil, ao contrário do que muitos fazem crer. Mas como aceitar a demora? Como não se colocar no lugar de quem passa por isso? E como garantir que, com a volta da chuva, o lixo não cause novos alagamentos, entupindo bueiros e bocas de lobo? As pessoas têm razão em protestar.
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