Dois aeroportos em "disputa"
Dois projetos ambicionam ser alternativa ao Salgado Filho, fechado por tempo indeterminado. Ambos ajustaram os projetos originais. O Vila Oliva ambiciona ser internacional, enquanto o 20 de Setembro ficou só em Portão. A coluna ouviu pessoas que acompanham cada ensaio, que só concordam em um ponto: o Estado não pode ter mais apenas um grande aeroporto. A comparação ao lado ajuda a entender essa disputa não oficial.
CASSIO BOBSIN CEO da Zenvia
O projeto Rio Grande do Brasil acaba de nascer, por iniciativa de Cassio Bobsin, CEO da Zenvia. O objetivo é engajar empresários e executivos de empresas com clientes gaúchos a ajudar como podem, ou seja, concedendo descontos ou incentivos, para deixar mais dinheiro no bolso. A iniciativa já reúne cinco empresas - além da Zenvia, Alura (EaD), ContaAzul (gestão para pequenas empresas), Logcomex (software de comércio exterior) e iFood.
Como nasceu a iniciativa?
Estava nos Estados Unidos quando ocorreu a enchente. Foi difícil, de fora, entender a dimensão. Quando consegui voltar, entendi o quanto o foco do poder público estava na infraestrutura e no atendimento de emergência, com grandes desafios para a reconstrução. Não entendo muito de infraestrutura, mas bastante de economia e negócios. E comecei a pensar o que, no mundo digital, consigo fazer.
Quanto deve significar a iniciativa, e por quanto tempo?
Conseguimos R$ 25 milhões para os próximos meses. O prazo varia, alguns por três meses, outros por seis. Depende do produto ou serviço que cada um oferece. É dinheiro que deixa de sair das empresas atingidas. Vamos buscar empresas de outros segmentos e mercados. A iniciativa está aberta à participação de todos que podem e querem contribuir para a reconstrução, com modelo flexível. Só importa que tenha benefício efetivo para o cliente gaúcho, para não ficar só no promocional.
A iniciativa tem uma meta, em número de empresas ou em valor de benefícios?
Ficaria muito satisfeito em colocar R$ 100 milhões no RS. Mas se alguém conseguir contribuir só com R$ 100, já é importante. Não é sobre número, é sobre o movimento.
Como está a Zenvia?
Muito bem. Desde a abertura do capital, chegamos ao melhor momento, o de oferecer solução completa às empresas. Assim, podemos vender melhor e ter uma resposta para os clientes. Conseguimos ajudar, também. O mercado de capitais é uma montanha-russa. Mas é como andar de barco, é preciso ter o olhar no horizonte para não marear.
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