23 DE NOVEMBRO DE 2023
INFORME ESPECIAL
IA e Alzheimer Lustres históricos brilhando de novo
Há um movimento revolucionário em curso na área da saúde, e ele envolve a inteligência artificial (IA).Neste mês, uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo, a Revista Nature, mostra o avanço que se desenha, com essa nova tecnologia, no diagnóstico de Alzheimer.
Nunca ouvi alguém dizer que não teme a doença. Ainda sem cura, difícil de identificar na fase inicial, ela nos faz esquecer de quem somos. E de quem amamos. E de tudo o que vivemos, como se nos perdêssemos em alguma fresta do tempo. Você deixa de ser quem é. Nada atemoriza mais.
Mas sempre há a ciência.
A Nature mostra que já existem pesquisadores treinando robôs (algoritmos) para ajudar os médicos a detectarem os sinais do Alzheimer.
A ideia é tornar esses sistemas capazes de analisar imagens cerebrais (de ressonância magnética) e de apontar com precisão aquelas que têm características da enfermidade - enxergando, muitas vezes, o que os olhos humanos não veem.
Basicamente, essas ferramentas estão sendo ensinadas a fazer isso a partir de milhares de exames. Os médicos selecionam as imagens com evidências de Alzheimer e, a partir daí, a IA aprende a distinguir como é o cérebro de pessoas com e sem o mal.
Por trás disso, está um consórcio de pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, com algumas das melhores cabeças do planeta. De forma preliminar, o sistema criado por esses gênios identificou a doença com precisão superior a 90%.
Ainda há muito pela frente, mas, na avaliação de um dos líderes do estudo, o neurocientista Paul Thompson, da University of Southern California, em Los Angeles, isso é apenas o começo, o primeiro passo.
Se a IA passar no crivo, ela também poderá ser aplicada a outras moléstias que se manifestam em imagens cerebrais. Que assim seja! E que isso, um dia, esteja ao alcance de todos nós.
Em fase final, o trabalho de restauração dos 47 lustres da Biblioteca Pública do Estado já ilumina os salões do prédio em Porto Alegre. Fiz a foto acima em um sábado à tarde (a instituição abre de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados até as 17h) depois de subir as escadas até o Salão Mourisco e me surpreender.
As peças são exemplares únicos, criados na década de 1920, e foram recuperadas pela Arquium Arquitetura e Restauro, contratada pela Secretaria Estadual da Cultura. O trabalho começou em outubro de 2022 e custou R$ 442 mil. Está praticamente pronto.
- Os lustres, assim como o acervo, as pinturas murais e o mobiliário, exercem um fascínio nas pessoas que nos visitam, que ficam vidradas, olhando para o teto, tirando fotos e se emocionando com os detalhes. O restauro tem sido muito comemorado, e não é para menos. Ficou magnífico. Os lustres recuperaram a cor, a luminosidade e a beleza - destaca Ana Maria de Souza, diretora da instituição.
Fica a dica: se você puder, vale passar lá para conferir.
Um comentário:
cada vez mais espantada e encantada com os avanços e progressos
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