10 DE NOVEMBRO DE 2023
INFORME ESPECIAL
Liderança da UFRGS em Paris
Professor de Glaciologia e Geografia Polar da UFRGS e vice-presidente do Comitê Internacional de Pesquisa Antártica, Jefferson Cardia Simões (foto) está representando a comunidade científica latino-americana no One Planet Summit, a Cúpula Polar, em Paris.
O pesquisador foi convidado a participar do fórum pelo governo francês, que promove o encontro em parceria com as Nações Unidas e o Banco Mundial. Não é pouco.
- Isso mostra a liderança do Centro Polar e Climático da UFRGS na América Latina a respeito do derretimento das geleiras - diz Simões, uma das maiores autoridades no tema.
O professor também é o coordenador-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera e participou de 28 expedições às regiões polares. Entre elas, liderou a instalação dos módulos de pesquisa Criosfera 1 e 2 na Antártica.
Um memorial para a Ospa
É um sonho de décadas, que vai finalmente virar realidade. Na próxima semana, será inaugurado, na Capital, o Memorial da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), orgulho da cidade, patrimônio dos gaúchos.
Fundada há 73 anos, a Ospa superou todos os tipos de obstáculos no caminho trilhado até aqui - da falta de verbas às dificuldades de estrutura (quem não se lembra da longa busca por um espaço próprio?). Nada disso impediu a consolidação da instituição, com um trabalho que - sem exageros - se iguala ao das melhores sinfônicas no mundo.
A trajetória está documentada em milhares de registros físicos, até então guardados em arquivos, caixas, armários e gavetas, longe dos holofotes. São fotografias emblemáticas, programas e cartazes de concertos, partituras, textos de jornais, documentos oficiais e até velhos figurinos.
As relíquias começaram a ser compiladas desde que um húngaro genial, exigente e afetuoso chamado Pablo Komlós "inventou" a Ospa, em 1950. Komlós morreu em 1978, mas, de onde estiver, deve estar aplaudindo de pé.
Com curadoria de Paulo Amaral, o memorial vai funcionar na Casa da Música, sede da orquestra desde 2018, no Centro Administrativo do Estado. Ali, os visitantes encontrarão uma área especial dedicada ao regente (com objetos pessoais e a própria figura de Komlós), uma linha do tempo detalhada e uma mesa interativa para navegar nos itens digitalizados do acervo. Haverá, ainda, croquis e desenhos originais de cenários de óperas (veja um deles acima, de 1972) e um diorama, onde será possível ouvir o som dos instrumentos, conhecê-los e saber onde se posicionam na orquestra.
- Passamos dois anos abrindo pastas antigas para montar esse quebra-cabeças. Estou muito feliz com o resultado - diz Amaral, que chamou o historiador da arte José Francisco Alves para ajudá-lo.
Para convidados, a inaguração será na próxima terça-feira. A visitação pública começa em 21 de novembro, de terças a sextas-feiras, das 12h às 17h, e, em dias de concerto, das 12h até o fim do espetáculo. E o melhor: de graça.
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