segunda-feira, 6 de novembro de 2023


06 DE NOVEMBRO DE 2023
ACERTO DE CONTAS

O que puxou o dólar para baixo

Dois motivos fizeram o dólar cair um bocado (-1,54%) na sexta-feira, fechando em R$ 4,89. O principal foi a criação de menos empregos do que o previsto nos Estados Unidos. Mercado de trabalho aquecido pressiona inflação. O contrário, portanto, exige menos pulso forte do banco central, afastando volta da alta do juro e atraindo menos dólares, que ficam mais nos outros países, como o Brasil. Mais dólares aqui, o real se valoriza.

Outro fator é o Banco Central do Brasil ter colocado no comunicado da Selic, divulgado na semana passada, que a taxa de juro deve seguir com reduções do mesma magnitude, de 0,5 ponto percentual. Isso afasta a hipótese de uma redução maior, o que diminuiria a atração de dólares ao Brasil.

De pressões contrárias, que poderiam elevar o dólar, temos risco fiscal no Brasil, alta do petróleo com a guerra no Oriente Médio e o efeito do El Niño nos preços dos alimentos. Acompanhemos.

Ao completar 10 anos e com 97% de ocupação, o Shopping Pelotas vai dobrar de tamanho. A obra terá duas fases, com R$ 30 milhões na primeira. O projeto foi detalhado ao programa Acerto de Contas por Mathias Kisslinger, sócio-empreendedor e diretor do fundo de investimento Phorbis; Luis Eduardo Santos, sócio-empreendedor da Real Empreendimentos; e Daiçon Maciel da Silva Junior, gerente-geral do shopping.

Por que a expansão agora?

Kisslinger - Vemos o desenvolvimento que o shopping trouxe à região, traz gente do sul do Estado. O eixo de crescimento da cidade veio para o lado dele. Superamos dificuldades, como a pandemia, em parceria com lojistas. Chegou a hora de pensar em crescer.

Como será a expansão?

Junior - Com as duas fases previstas, vai dobrar o tamanho do shopping, que tem 23 mil metros quadrados para lojas e está em plena ocupação. No Natal, teremos um sorteio de carro elétrico, já na pegada de inovação e sustentabilidade.

Quais são os prazos?

Kisslinger - Projetos estão em elaboração, tramitação deve se iniciar em 2024 e prevemos no segundo semestre pensar o início da obra, que deve levar de oito a 10 meses. É rápido. Planejamos estacionamento coberto e operações junto do edifício-garagem. Prevemos novo acesso ao shopping, que terá lojas de serviços do dia a dia, como chaveiro e lavanderia.

Qual o impacto da expansão do shopping?

Santos - Temos as principais âncoras do varejo, como Renner, Riachuelo, Americanas, Ponto, Pernambucanas e Pompeia; temos também Paquetá e Centauro; e cinco salas de cinema. Passam pelos corredores 300 mil pessoas por mês, 100 mil veículos no estacionamento, as lojas faturam R$ 30 milhões. Temos mil empregos. Imagino que vá crescer de 20% a 30% a frequência de pessoas e veículos.

Para concorrer com o online, shoppings apostam em serviços e lazer.

Kisslinger - Temos um entorno adensado, com necessidades como academia de ginástica e clínicas médicas. Inauguramos uma clínica pediátrica. Mas não deixa de ter uma pequena expansão na área de varejo, porque a compra presencial envolve experimentar e tempo de receber o produto. Não descartamos uma instituição de ensino para criar vínculo com o cliente. Temos de observar o que a comunidade precisa. Não é forçar uma vida que não querem ter, mas nos adaptarmos ao que precisam.

Há novidades engatilhadas?

Santos - Temos uma livraria física excelente que quer expandir e uma conversa para instalar um restaurante de rede internacional. Pelotas tem iguarias doces e salgadas, vamos trabalhar para manter isso vivo.

ACERTO DE CONTAS

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