sexta-feira, 27 de abril de 2018


27 DE ABRIL DE 2018
RBS BRASÍLIA

Quem tem medo de Palocci?


De homem de confiança a algoz do PT. Esse poderia ser o resumo da trajetória de um dos mais poderosos ministros petistas, Antonio Palocci, que agora aceita contar sobre as falcatruas que ajudou a comandar, entregando antigos companheiros e parceiros de corrupção. Ao contrário de José Dirceu, ele não está disposto a pagar o pato sozinho. Um acordo de colaboração que provoca pânico no PT. 

A prova é que, antes mesmo que venham à tona detalhes das informações que ele repassou aos investigadores, a ex-presidente Dilma Rousseff publicou uma nota chamando o ex-colega de partido de mentiroso. Ela reclama de fatos que já foram citados por ele em depoimentos aos investigadores. Alegar que Palocci mente é ato de desespero. Além de depoimentos, ele teria provas das relações espúrias entre políticos e o setor privado. Afinal, ele era o contato direto entre o partido, empresários e o sistema financeiro. A situação do PT é grave: Lula está preso e Palocci resolveu soltar a língua.

Questionado sobre o possível impacto da delação de Antonio Palocci no PT, o deputado Elvino Bohn Gass (RS) afirmou que, se o ex-ministro fez alguma coisa errada, ele o fez por conta própria. Petista histórico, Palocci foi ministro da Fazenda e da Casa Civil, além de articulador e operador das campanhas de Lula e Dilma.

Depois de uma conversa com o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, o deputado Alceu Moreira (PMDB) saiu convencido de que a questão do aumento do preço do asfalto não será mais empecilho para a obra da BR-116. Os contratos com as empreiteiras serão corrigidos. Na reunião com o presidente Michel Temer, a bancada gaúcha deve ter como foco a tentativa de aumento de recursos para a obra.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou atrás e convocou sessão extraordinária para a próxima semana, atrapalhando os planos de quem queria esticar o feriadão. Ele atendeu a um pedido de Temer para votar o remanejamento de recursos de R$ 1,3 bilhão para pagamento da dívida dos governos de Moçambique e Venezuela, dos quais o Brasil foi avalista. A grande dúvida é se haverá quórum.

Colaborou Silvana Pires - @Carolina_Bahia - CAROLINA BAHIA

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