segunda-feira, 7 de agosto de 2017


07 DE AGOSTO DE 2017
TECNOLOGIA

Facebook põe grupos no centro da rede


O Mark Zuckerberg que criou o Facebook em fevereiro de 2004 é muito diferente do bilionário que comanda um império hoje. A diferença vai além do bolso: ele tenta mostrar que está preocupado com o futuro do mundo. Isso ficou claro recentemente, quando anunciou a nova missão do Facebook. Agora, a empresa quer ?dar poder para as pessoas construírem comunidades?. E, com a mudança, a ferramenta que permite criar grupos, que estava meio de lado, ganhou protagonismo na estratégia da maior rede social do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários.

? O Facebook foi construído em torno dos perfis dos usuários, das páginas e do que aparecia no feed de notícias de cada pessoa. Mas a rede social é como um parque de diversões: precisa sempre de atrações novas ? diz James Grimmelmann, professor da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.

ATENÇÃO PARA O FUTURO DA EMPRESA

Apesar de a rede social ter lançado os grupos em 2010, números da empresa mostram que apenas 100 milhões de pessoas participam do que Zuckerberg chama de ?comunidades significativas? ? aquelas que são a principal atividade do usuário na rede social e capazes de transformar seu dia a dia, como comunidades de igrejas, associações de bairro, mas também grupos que discutem maternidade, alimentação saudável, oportunidades de emprego e empreendedorismo.

Com a mudança de foco, o Facebook pretende atrair pelo menos 1 bilhão de pessoas para esse tipo de serviço. A iniciativa mostra atenção também para o futuro da companhia. O Facebook vai ter dificuldades em breve para ampliar seu total de usuários ? e ampliar receita com publicidade. A rede social investe em programas para conectar mais pessoas à internet, mas o resultado só virá à longo prazo. Apostar nos grupos é uma opção mais barata: em vez de crescer sua base, a rede tenta manter as pessoas mais tempo no site.

A crise recente do Facebook com notícias falsas também pode ser parcialmente solucionada pelo foco nos grupos.

? Filtrar conteúdo ?ruim? custa dinheiro, seja por software ou com moderadores humanos ? diz Amy Bruckman, professora do Georgia Institute of Technology.

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