Sítio do Laçador renovado
As melhorias no Sítio do Laçador, em Porto Alegre, foram entregues na manhã de ontem, após cinco meses de restauração. A cerimônia contou com apresentação do grupo Tchê Barbaridade em um palco montado em frente ao monumento.
A estátua do gaúcho, feita pelo escultor pelotense Antonio Caringi, está rodeada agora de um espaço com bancos pintados e vegetação renovada. Uma banca para venda de lanches e presentes também foi instalada no local.
Os proprietários da loja, batizada de Banca Laçador, já perceberam a mudança nos frequentadores. Em 2019, Rafael Garibaldi, 32 anos, e a esposa, Angélica Costa Soares, 33, vendiam café dentro do próprio carro para motoristas de aplicativo que costumavam ficar pela região.
- Mudou o público. E dia de chuva a gente não podia trabalhar. Se chovesse uma semana, ficava sem salário. Agora melhorou - explica o vendedor.
O sobrenome de Rafael tem tudo a ver com a cultura gaúcha. Ele afirma que é parente distante do guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi, personagem conhecido no Rio Grande do Sul por sua atuação na Guerra dos Farrapos, no século 19.
- Vem do lado do meu tataravô. Angélica também tem um carinho especial pela região.
- Meus pais se conheceram ali no aeroporto - comenta. Com a loja, turistas que visitam o Laçador podem levar uma lembrancinha para casa. Entre as opções, estão canecas, porta-canetas, cuia, erva-mate, bombas e até os enfeites de chimarrão para os gaúchos mais modernos.
O sítio ainda vai receber uma base de vidro para a estátua e serão instalados painéis de led com informações históricas. Uma iluminação especial também será colocada em breve.
A adoção do local foi feita pelo consórcio Metrooh, formado pelas empresas Imobi, Sinergy e Midialand. O investimento total é de R$ 108 mil. Em fevereiro, foi entregue a recuperação da estátua inspirada no folclorista Paixão Côrtes.
O monumento recebeu investimento privado de R$ 803 mil, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e R$ 90 mil em recursos da prefeitura. O Laçador foi inaugurado em 20 de setembro de 1958 no Largo Bombeador, onde hoje se encontra o Viaduto Leonel Brizola.
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