01 DE MARÇO DE 2022
+ ECONOMIA
Sanções se acumulam contra a Rússia
A proposta de exclusão de "um certo número de bancos russos" do Swift ainda não evoluiu, mas ontem as sanções econômicas fizeram o Banco Central da Rússia levar a taxa básica de juro de 9,5% para 20%, e suspender a negociação de ações.
A moeda do país voltou a despencar, acumulando perda de 30% desde o ataque. A cotação atual chega a 99,5 rublos por dólar em Moscou, e há relatos de corrida de clientes aos bancos, grave sinal de instabilidade.
A mais antiga agência de classificação de risco, a S&P, reduziu a nota da dívida soberana russa para a faixa mais arriscada, apelida de "junk" (lixo) no mercado financeiro. Significa que o país tem de pagar mais para colocar seus títulos de dívida no mercado, mecanismo usado para financiar gastos públicos, inclusive os militares. Negociações de papéis russos devem ser proibidas por Estados Unidos, União Europeia e Japão.
Havia temor de que a Rússia escapasse das punições, inclusive da exclusão do Swift. O país ensaiou uma alternativa, System for Transfer of Financial Messages (SPFS), com cerca de 400 bancos, a maioria russos ou de países que fizeram parte da União Soviética. Outra opção seria o China Interbank Payments System (Cips), com alcance modesto. Enquanto o Swift chegou a 50,3 milhões de mensagens diárias em novembro, o Cips fez 2,2 milhões em todo 2021.
até a sempre neutra suíça decidiu aplicar todas as sanções da União Europeia (EU) contra a Rússia. isso inclui congelar ativos russos no país e impor sanções a Vladimir Putin. não há "neutralidade" diante do ataque.
US$ 2,2 bi
é o valor dos recursos que saíram de países emergentes cinco dias depois do ataque da Rússia à Ucrânia, conforme o Instituto Internacional de Finanças (IIF). O dado não é considerado "inusualmente grande" diante de conflitos.
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