segunda-feira, 8 de setembro de 2014


08 de setembro de 2014 | N° 17916
MOISÉS MENDES

Marina e Dunga

Ainda estamos a duas semanas do início da primavera, mas nunca se viu uma florada de mudanças tão drásticas. Quem mudou mais: Dunga ou Marina?

A cada dia, temos uma nova Marina. E quem reconheceu a Seleção de Dunga no jogo contra a Colômbia?

Esperavam uma Seleção medrosa, que não se arriscaria a tomar outra goleada. O que se viu foi uma Seleção solta, leve, acariocada. E com o Dunga de técnico.

Paulo Cesar Caju, que se queixou do excesso de técnicos gaúchos na Seleção, na entrevista ao Jones Lopes, na Zero de domingo, não deve ter acreditado no que viu. O Brasil de Dunga flutuava, como se aquela Seleção pesada do Felipão fosse um time da série C do Azerbaijão.

Que conjunção de astros favorece tantas reviravoltas de comportamento? Fui ver e descobri que na semana passada a lua esteve em Aquário.

Foi um período de extroversão, de afronta às convenções, de rebeldia. A marca do período (a lua fica em torno de dois dias num signo) era a liberdade.

Marina e Dunga se libertaram de alguma coisa, ou de muitas coisas ao mesmo tempo. Ou você não leva a astrologia a sério? Eu respeito e às vezes me atrevo a bancar o charlatão.

Acontece que é difícil convencer alguém de que há racionalidade em mudanças de postura tão radicais. A astrologia talvez ajude a explicar por que Dunga e Marina mudaram tanto.

Mas vem mais. Vi no calendário da entrada da lua nos signos que em 5 de outubro, no primeiro turno da eleição, a lua estará em Peixes. Quer dizer que, no dia em que decidirmos quem vai para o segundo turno, as pessoas estarão mais propensas às emoções e aos sentimentos.

O primeiro turno poderá ser decidido mais pela intuição e menos pela razão. Então, tudo o que tem acontecido até aqui, com a reviravolta na eleição, a reacomodação de favoritos, os estranhamentos com os gestos de Marina, tudo estará entregue ao que a lua fará em Peixes.

Se você tiver outra explicação para esse estranho final de inverno, me encaminhe. Por que a Marina, antes tão impulsiva, está jogando na defesa e no meio, e com quatro volantes?

E por que no time de Dunga, ao contrário do que os cariocas esperavam, os volantes e o esquema defensivo não são as peças mais importantes?

Você acha que a ciência política explica as mudanças de Marina? Que ciência? E que ciência do futebol explica esse novo Dunga? Imagine o que mais pode acontecer até 5 de outubro. Não sei se jogar búzios ainda está na moda.

Vou fazer, sem búzios, uma previsão que está no ar. Celso Roth volta a treinar um time gaúcho logo. E também virá completamente mudado. Virá com apenas um volante e quatro atacantes. E de gravata.


Como é bom vencer o Flamengo no Maracanã lotado. Que sábado foi aquele, depois de dias de tortura com o episódio da moça que agrediu o goleiro do Santos.

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