22
de setembro de 2014 | N° 17930
DAVID
COIMBRA
OS HOMENS DA VITÓRIA
A
forma como Dudu comemorou o gol da vitória contra a Chapecoense diz muito do
que é o Grêmio de Felipão. Dudu correu para abraçar o treinador na lateral do
gramado, e atrás dele correram praticamente todos os outros jogadores do time. O
pulo de Dudu deu nos braços de Felipão foi tão entusiasmado, tão arrebatado, tão...
agradecido, que chegou a machucar o técnico. Dona Olga, agora, deve estar
curando algum roxo na base do queixo do marido.
Não
foi por acaso que usei a palavra “agradecido”. Dudu decerto que sabe da sua dívida
para com Felipão. Porque Felipão apostou nele, na sua velocidade, na sua
capacidade de enfrentamento do adversário a drible, fixou-o no ataque, na
ponta, e esperou. Felipão provavelmente disse a Dudu que, com tempo e confiança,
ele voltaria a fazer gols. Ontem fez um que valeu três pontos e a quinta colocação
no Campeonato.
Felipão,
a cada jogo, vai ajustando seu time. Está invicto há seis jogos e há cinco não
toma gols, descobriu Wallace, fixou Dudu na frente e Geromel atrás, promoveu
Fellipe Bastos a centro técnico do time e Biteco a titular, e, para arrematar,
aparafusou Barcos dentro da grande área de ataque. Os resultados do Grêmio não
estão acontecendo por acontecer. Existe uma mão consciente movendo as peças.
No
Inter não é muito diferente. Abel, por mais criticado que tenha sido, continuou
confiando no seu centroavante. Colocou-no no time no segundo tempo e foi ele, o
vaiado e espezinhado Rafael Moura, o autor do gol da vitória. Dudu e Rafael
Moura, os homens das vitórias, são também os homens de seus treinadores.
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