14
de novembro de 2013 | N° 17614
PAULO
SANT’ANA
Enfim, uma vitória
Foi
um parto esta vitória solitária do Grêmio nos seus últimos jogos.
Precisou
Rhodolfo, um zagueiro, fazer o gol. E a situação do Grêmio, mesmo aliviada com
o triunfo, ainda é dramática na tabela. Maxi Rodríguez, pelo que jogou ontem,
tornou-se titular.
Dida
salvou o Grêmio em duas oportunidades, definitivamente é um grande goleiro.
Barcos foi bem, muito bem.Teremos de repetir esta vitória contra o Flamengo na
Arena também.
Está
sendo terrível para o Grêmio na nossa intenção de conseguirmos nos classificar
para a Libertadores 2014. Tudo se decide nos próximos dias. E seria uma lástima
que o Grêmio, depois de tanto drama e esforço, não chegasse à Libertadores.
Nossa
torcida será decisiva, a partir do próximo jogo, para atingirmos esse ansiado
objetivo. A minha barba cresce todos os dias e todos os dias se soma mais um
dia a minha idade. Mas a barba eu posso cortar, e o aumento da minha idade eu
não posso descontar.
Uma
vez eu já tinha dito aqui que o melhor é que a gente nascesse velho e fosse
diminuindo aos poucos a idade. A gente atingiria assim a juventude, ingressaria
aos poucos na infância e morreria como bebê, sem nenhuma consciência de
finitude.
Do
jeito que a coisa é, torna-se muito torturante, a gente tem a consciência de
que está envelhecendo e que caminha no rumo da morte. E sobre a morte há a
dúvida: se, atingida ela, o que será feito sobre a nossa alma?
Há
pessoas que não querem ser cremadas porque acreditam que os seus restos mortais
podem servir a uma ressuscitação.
E há
os que fazem questão de serem cremados, tanto porque consideram que de nada
servirão seus restos mortais quanto porque acham meio asqueroso que a podridão
de seus cadáveres vá aos poucos e lentamente servindo aos vermes na mesa de um
orgíaco festim.
Da
minha parte, sonho que, tão pronto se verifique minha morte, minha alma suba a
algum lugar e confraternize com outras almas, de preferência as almas de corpos
que comigo tenham convivido durante a minha passagem pela Terra.
A
ideia de cremação me é simpática porque fui ver os restos mortais de meu pai
depois de 30 anos da sua morte e avistei dentro do caixão somente a sua
dentadura postiça e restos das roupas com que foi enterrado.
Horrível
visão.
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