
07 de Novembro de 2024
ESTAMOS EM OBRAS - Jocimar Farina
estamos em obras
Para os trens chegarem ao centro da Capital
A empresa Tecnova apresentou o cronograma de obras que permitirá religar a primeira das três subestações de energia da Trensurb que foram afetadas pela enchente. O calendário detalha todos os dois anos e meio de contrato e confirma que a primeira etapa da reconstrução será concluída em 24 de dezembro.
Com a religação da energia na subestação Farrapos, os trens poderão voltar a chegar até o centro de Porto Alegre. Desde a enchente, as viagens não ocorrem nas estações São Pedro, Rodoviária e Mercado por falta de carga na rede elétrica.
A Tecnova fará a desmontagem dos equipamentos danificados na subestação de energia Farrapos. Também ocorrerá a instalação de novos aparelhos, parte deles adquirida pela empresa e outra parte que será de equipamentos realocados ou já comprados pela Trensurb. Ao final destas etapas, ocorrerá uma série de testes com os trens no trecho atualmente inoperante.
- Convém verificar que a contratada mantém no cronograma o acompanhamento da subestação Farrapos até fevereiro, com a finalidade de monitorar e realizar os ajustes técnicos necessários para melhorar as condições ao máximo desta situação provisória - destaca o diretor-presidente da Trensurb, Nazur Garcia.
Ao longo dos próximos dois anos e três meses, a Tecnova também precisará religar as demais subestações que irão permitir a redução do intervalo das viagens do trem - hoje chegando a 12 minutos. Antes da enchente, no horário de pico, era possível embarcar a cada quatro minutos.
Depois que as subestações dos bairros Fátima e São Luís, ambas em Canoas, forem religadas, a unidade da Farrapos será totalmente revitalizada. A reconstrução pela qual a Trensurb irá passar vai custar R$ 400 milhões. O governo federal já repassou R$ 164 milhões. A empresa também irá direcionar outros R$ 20 milhões, que tem do seu orçamento, para recuperar o sistema.
Disputa
O juiz da 8ª Vara Federal de Porto Alegre, José Ricardo Pereira, negou pedido da prefeitura de Porto Alegre, que queria que o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) assumisse, com urgência, a responsabilidade pela casa de bombas da Trensurb. A administração municipal pretendia assegurar a eficiência na drenagem urbana e prevenir novos alagamentos que vêm afetando a região.
O magistrado entendeu que o procedimento mais adequado é a tramitação do pedido em uma ação civil pública. Segundo Pereira, dessa forma será possível analisar o caso, que ele entendeu como complexo. Apesar da manifestação, Pereira justifica ter encontrado elementos que podem justificar o controle da casa de bombas pelo Dmae. Ele solicitou que o Ministério Público Federal seja cadastrado na ação.
O Dmae alegou que somente em outubro teve autorização da Trensurb para entrar na casa de bombas. Nesta vistoria, o órgão municipal alega ter encontrado uma comporta fechada. Quando ela foi consertada e aberta, a água acumulada na Avenida Voluntários da Pátria escoou de maneira "imediata e rápida".
Já a Trensurb alegou que a estrutura não poderia ser cedida, uma vez que faz parte do sistema que drena a água dos trilhos. Além disso, a empresa está inserida no Programa Nacional de Desestatização, o que impede transferência de seus ativos. _
ESTAMOS EM OBRAS
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