16 de Novembro de 2024
INFORME ESPECIAL - Rodrigo Lopes
Teste de "soft power"
Os pavilhões oficiais dos países na COP29, em Baku, no Azerbaijão, não influenciam diretamente o andamento das negociações sobre o documento final da conferência, mas demonstram o nível de engajamento de cada governo nos debates sobre o clima. São a expressão do soft power ("poder suave") de cada nação: cada uma tenta exibir o que tem de melhor em termos culturais, tecnológicos e, supostamente, na área ambiental. Alguns estandes são grandiosos, verdadeiras maravilhas da arquitetura de interiores, como os de China, Catar e Emirados Árabes Unidos. Outros, mais austeros, como o da Austrália e da União Europeia. O do Brasil fica no meio termo.
O estande dos EUA já resume o clima de fim de mandato do governo Joe Biden - e, por tabela, um possível enfraquecimento da agenda climática na futura gestão Donald Trump. Na maior parte do tempo, está vazio. John Podesta, enviado especial do Clima, que chefia a delegação americana na ausência de Biden e Kamala Harris na COP29, disse que a volta do republicano não conseguirá implodir por completo as políticas ambientais do governo atual. Ele afirmou que há muitos investimentos em jogo, inclusive em redutos do partido, e as agências ambientais fortalecidas nos últimos anos podem fazer frente a investidas da Casa Branca, segundo ele. _
Recomendações da Holanda ao RS
As principais sugestões
Implementação de um sistema de monitoramento e alerta hídrico.
Plano Diretor Integrado de Gestão de Inundações, que combine soluções estruturais e ambientais.
Melhorias na infraestrutura de drenagem, capacitação de técnicos e gestores e criação de uma instituição estadual para gestão de desastres e recursos hídricos, semelhante à da Holanda.
Centros de monitoramento estaduais e metropolitanos.
Criação de uma estrutura robusta de monitoramento, com um inventário de dados hidrológicos e uma unidade de previsão de inundações.
Enfim, um plano para as ilhas
O projeto nasce de cooperação assinada na sexta-feira entre o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, e a coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Ambientalmente Sustentável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Luana Lopes, durante a COP29 (foto).
A primeira fase inclui o zoneamento das áreas de risco, de reassentamento e diretrizes para ocupação dos territórios a permanecer. Em seguida, a análise de riscos, ameaças e vulnerabilidade. A segunda etapa inclui zoneamento, urbanização, habitações adaptáveis, regularização fundiária e recuperação ambiental. Em seguida, estimativa de custos e cronograma de intervenções e estratégias para captação de recursos. Por fim, plano de monitoramento e avaliação permanente, com estratégias para gestão de riscos e gerenciamento de desastres. _
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