Tibete dentro de Três Coroas

Já passamos do Carnaval, mas o final de semana foi de Ano-Novo em Três Coroas. No sábado e no domingo, a cidade do Vale do Paranhana realizou as atividades dedicadas à celebração do Losar, como é chamado o Ano-Novo tibetano.

A Praça Affonso Saul e a rua coberta, na região central da cidade, onde o evento foi realizado pela primeira vez, foram ornadas com bandeiras coloridas tradicionais da cultura, cada uma delas estampada com um mantra. A área cuidadosamente decorada para o festival começou a receber o público por volta das 10h no sábado, durante a abertura.

O público teve a oportunidade de provar comidas típicas, conferir artesanatos tradicionais e acompanhar apresentações folclóricas. Entre as apresentações, a performance Leões da Neve era uma das mais aguardadas. Mas foi o envolvimento da comunidade local que aqueceu o coração do tibetano Ogyen Shak, 44 anos, que há nove vive em Três Coroas e é casado com a gaúcha Adriana Shak, 44 anos. O casal é parceiro da prefeitura na organização do evento.

- As pessoas entenderam o que é a proposta do Ano-Novo - disse Ogyen, que, ao lado da companheira, é proprietário do Espaço Tibet, primeiro restaurante tibetano do país.

Três Coroas tem uma relação íntima com a cultura do Tibete: abriga, há mais de 20 anos, o templo budista Chagdud Gonpa Khadro Ling. Embora esteja atualmente fechado por conta da pandemia, ele é o responsável por grande parte do turismo da cidade. Realizar o evento na área central da cidade foi também uma forma de aproximar os trescoroenses deste universo, destaca o diretor municipal de Turismo, Cristian Krummenauer.

- Além de potencializar a área central para o turismo, a gente traz a questão do pertencimento para a nossa comunidade - explica.

CAMILA BENGO

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