segunda-feira, 12 de julho de 2010



12 de julho de 2010 | N° 16394
PAULO SANT’ANA


Nilo com Carazinho

O ciúme é primo-irmão do amor.

Já a inveja, é a sogra do amor.

Um amigo meu se consolava, desesperado, comigo, anteontem: “Veja Pablo, minha ex-mulher me ama. E minha atual mulher me odeia”.

A uma violenta reação verbal a uma coluna que escrevi na semana passada, tenho a seguinte resposta: “Sou velho, mas não sou velhaco”.

Um dos mais valorosos presentes que recebi de aniversário em junho foi o famoso Pudim da Sônia.

Ontem, a taça de campeão mundial foi entregue ao capitão da seleção espanhola, Casillas, pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Se quiserem saber se em 2014 a Copa do Mundo será entregue ao vencedor, no Maracanã, por Dilma Rousseff ou José Serra, perguntem ao polvo.

Que o polvo me aposentou em matéria de previsões.

Curto ditado gauchesco que sempre que ouço dou barrigadas de riso: “Louco de tirar sesta nos trilhos”.

Já que andou ontem aqui pelo prédio de ZH e Gaúcha o prefeito José Fortunati, encareço como porto-alegrense a necessidade urgente de construção de uma elevada na esquina da Rua Carazinho com Avenida Nilo Peçanha, solucionando o grave problema de engarrafamento que se verifica naquele local.

A rotatória que ali existe, com os próprios motoristas administrando as passagens de veículos, é ainda a melhor solução; caso fossem ali instaladas sinaleiras, o engarrafamento seria ainda pior.

No entanto, o prefeito concordou ontem comigo de que a elevada é a solução ideal e definitiva para aquele grave acontecimento.

Eu disse ao prefeito Fortunati que a elevada naquele local é barata, custa pouco.

Ele me objetou que não é barata, custa R$ 10 milhões.

Eu contraobjetei que, se custa só R$ 10 milhões, é barato para uma cidade que se insinua como metrópole, Porto Alegre.

Mas o prefeito exclamou: “A Prefeitura não tem este dinheiro, Paulo Sant’Ana”.

Tenha ou não tenha o dinheiro, estimado prefeito, terá de construir. A situação naquele entroncamento está ficando cada vez mais dramática.

E a cada dia que passa, eu que passo ali todos os dias verifico tremulamente que fica pior a situação.

Acontece que há dois grandes shoppings engarrafando a qualquer horário a Nilo Peçanha no sentido bairro-Centro.

E os motoristas já estão saindo dos shoppings e enveredando no sentido da Protásio Alves para fugir da rotatória da Nilo Peçanha. E alguns, por temor daquela glorieta sinistra, já começam a enveredar até para a Avenida Ipiranga.

Vejam então que a elevada da Nilo com a Carazinho atenua o drama do trânsito até no que se refere ao nó górdio lancinante da Protásio Alves, outro mal que vai a cada dia mais calcinando de metástase o trânsito já quase caótico daquele lado da cidade.

Digamos que custe R$ 15 milhões a elevada da Nilo com Carazinho, o senhor fez um cálculo apressado quando topou comigo aqui em ZH, prefeito.

Ainda assim vai ter de construir essa elevada.

Porque, caso contrário, a cidade vai ficar aleijada.

Quem avisa, amigo de Porto Alegre é.

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