quinta-feira, 5 de dezembro de 2019


05 DE DEZEMBRO DE 2019
VIDA A DOIS

Uniões ainda superam divórcios

Mesmo que o número de casamentos esteja em queda pelo quarto ano consecutivo, ainda há mais uniões sendo celebradas do que desfeitas no Brasil. São três casamentos para cada divórcio, de acordo com o levantamento do IBGE. Entre ações judiciais e extrajudiciais, foram 385.246 divórcios registrados no país em 2018, ante 1.053.467 casamentos. A quantidade de divórcios concluídos por via judicial é a maior já contabilizada pelo instituto em quase 35 anos: 306.376.

No ranking nacional, o Rio Grande do Sul está entre os 10 Estados onde menos ocorrem dissoluções de casamentos, com 1,9 divórcio por grupo de mil habitantes. No Brasil, esse índice é de 2,6 divórcios por mil habitantes. O campeão em divórcios é o Estado de Rondônia, com 3,8 por mil habitantes, seguido de Mato Grosso do Sul (3,5), São Paulo e Tocantins (ambos com 3,4), Alagoas e Espírito Santo (3,2) e Distrito Federal (3,1).

Duração

Segundo o IBGE, ao se observar as datas oficiais de início e término (casamento e divórcio), os relacionamentos tornaram-se menos duradouros: hoje, as uniões se mantêm ao longo de 14 anos. Em 2008, a duração era de 17 anos. Na data do divórcio, a idade média das mulheres é de 40 anos, e a dos homens, 43 anos.

Quanto a este último ponto, a terapeuta de casal Mara Lins destaca que, no contexto em que está inserida a sociedade contemporânea, marcado pela efemeridade e pela busca do prazer imediato, as pessoas estão desaprendendo a lidar com dificuldades.

- No trabalho, se precisam de algo urgente de nós, damos um jeito. Por que na relação conjugal achamos que basta o fato de estarmos com a pessoa? Casamento dá trabalho, exige lidar com diferenças, com mal-estar - analisa Mara.

Nenhum comentário: