10 DE DEZEMBRO DE 2019
+ ECONOMIA
Melhor encarar turbulência na Argentina com boa relação
A mudança de posição do governo brasileiro, ainda que aos 44 minutos do segundo tempo, deve ser elogiada. Depois de anunciar que não haveria representante do Planalto na posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, hoje, o presidente Jair Bolsonaro mudou de ideia e pediu que o vice, Hamilton Mourão, representasse o Brasil.
Caso mantivesse a posição anterior, ampliaria a deterioração da imagem do Brasil. Quem tinha mais motivos para lamentar a eleição de Fernández, o ainda presidente Mauricio Macri, fez o que a democracia recomenda: cumprimentou o vencedor, abriu as portas para a transição e avisou que fará "oposição responsável".
Não tem só o adversário em foco, mas seu país, os eleitores de Fernández e as pessoas que, embora pensem como Macri, terão de conviver com outro estilo de governo. Pode ser frustrante e preocupante, mas é o que manda a democracia.
A ausência de ao menos um ministro brasileiro desrespeitaria não apenas Fernández e os argentinos, mas brasileiros com interesses no país vizinho e empresas que mantêm unidades por lá, respondendo a uma estratégia de Estado.
A crise argentina vai se aprofundar antes de amenizar. Martin Guzmán, futuro ministro da Economia, é defensor da moratória.
Em palestra feita em 19 de novembro, disse que o pagamento do serviço da dívida deveria ser suspenso nos próximos dois anos, até que o país voltasse a crescer. Haverá turbulência à frente.
Um dos segmentos mais impactados pela integração, o calçadista, é testemunha de que os interesses de longo prazo sobreviveram aos inúmeros solavancos da relação. Neste momento, as exportações de sapatos para a Argentina desabam. Mas o país ainda é o quarto maior cliente do Brasil nas vendas totais, terceiro se forem desconsiderados registros de plataformas na Holanda. Só por isso, exigia esforço pela manutenção das boas relações possíveis.
Gaúcha expande para Ceará e Paraná
Especializada em cursos na área de comunicação, a gaúcha Share prepara a abertura da sua primeira escola. Será na Avenida Independência, em Porto Alegre. A inauguração está prevista para janeiro de 2020. Além disso, prepara expansão para mais dois Estados: Ceará e Paraná.
A empresa foi criada em 2013 para preencher lacunas do mercado educacional em comunicação identificadas por Rafael Martins e Juliana Bulha, cofundadores. A escola, que oferece cursos em áreas como marketing digital e redes sociais, já atendeu 14 mil alunos em 10 Estados organizou eventos em três países: Estados Unidos, Alemanha e Portugal. Para 2020, projeta mais de 4 mil alunos novos e crescimento de 89% no faturamento em comparação com este ano. A carteira de clientes inclui empresas como Azul, Bradesco, Nubank e Twitter.
MARTA SFREDO
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