21 DE DEZEMBRO DE 2019
INFORME ESPECIAL
Jair Bolsonaro caminha firme para a reeleição
Olhando para os números e para o Brasil, concluo que Jair Bolsonaro caminha firme para a reeleição. Faço a afirmação baseado no cenário atual. Faltam pouco mais de três anos para o começo da campanha e até lá, é claro, muita coisa pode mudar.
Mas em dezembro de 2019, a economia dá sinais de melhora: juros baixos, inflação controlada e uma pequena reação nos índices de emprego, que deve se acentuar nos próximos meses. Não somos diferentes de americanos e europeus. Votamos com o bolso.
Some-se a isso o sucesso da pauta conservadora, tudo temperado com arrasadores surtos verbais. Muitos até se chocam, mas os numerosos seguidores do ex-capitão aplaudem - os que, com o mesmo discurso, o elegeram ano passado. Nesse contexto, dizer que um repórter tem cara de gay, como se isso fosse uma ofensa, não retira um voto sequer do pai do Flávio, do Carlos e do Eduardo.
Cabe ressaltar, sempre pode haver um tsunami. Entre laranjas e rachadinhas, a família Bolsonaro tem seus calcanhares de Aquiles. A dúvida é se as acusações colarão na imagem do presidente.
A favor da reeleição, há ainda uma esquerda enfraquecida e refém de um ex-presidente atolado em condenações por corrupção. E um centro encolhido que não chega nem perto de um projeto de unidade.
Se o emprego reagir e as brisas da economia se transformarem em ventos, ninguém segurará Bolsonaro. Ainda mais se o seu próximo vice for mesmo Sergio Moro, um ministro mais popular que o próprio presidente. É cedo, mas os sinais já estão todos lá, no horizonte de 2022.
Promessa de ano novo
Assumo publicamente um compromisso comigo mesmo e com meus leitores: em 2020, não falarei sobre cães soltos na praia. Cansei de ser chamado de chato e de ser incluído na lista de inimigos da humanidade por defender o que é certo. Quando repeti tantas e tantas vezes que lugar de cachorro não é na areia e nem no mar, só levei bordoadas.
Não adianta argumentar que esse ambiente é prejudicial aos próprios animais, que a urina e as fezes na areia ameaçam a saúde das crianças, que os idosos podem se machucar se um pet mais animado pular neles. Nada disso faz sentido. Fica a falsa impressão de que não gosto de cachorros, o que é mentira, mas tanto faz.
Existe em Porto Alegre uma meia dúzia de fanáticos que alimenta sua fama fazendo listas e difamando pessoas que julgam más, sem direito a defesa, por pensar e agir diferente delas.
Então, a partir de agora, me calo sobre esse tema. Que as areias das praias gaúchas se transformem em um imenso canil. Farei a minha parte, em silêncio. Quero voltar a merecer o reino dos céus.
TULIO MILMAN
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