terça-feira, 10 de dezembro de 2019


10 DE DEZEMBRO DE 2019
CAMPO ABERTO

Asas ao unicórnio

Cotada para ser a primeira startup do agronegócio a se tornar unicórnio na América Latina, ou seja, com valor de mercado acima de R$ 1 bilhão, a argentina Agrofy tem no Brasil base importante para essa conquista. Há pouco mais um ano, a empresa criada em 2015 aportou no território brasileiro com plataforma digital de marketplace do setor. Ou seja, uma espécie de shopping online com produtos de diferentes marcas - e também usados -, que podem ser acessados pelo produtor rural.

Agora, o foco é em máquinas, implementos e veículos. Mas a expansão inclui possibilidades como peças de reposição, sistema de linha de crédito e barter (produtos agrícolas usados como moeda de troca), que serão disponibilizados em diferentes momentos do ano que vem.

- Em 2020, o Brasil representará entre 55% e 60% da operação da Agrofy - projeta Rafael Sant?Anna, gerente da marca no país.

E foi pelo Rio Grande do Sul que a plataforma tomou forma. Depois da Expointer, no ano passado, vieram contatos com fabricantes de máquinas. E hoje o Estado tem um dos dois escritórios regionais - o outro fica em Curitiba e há previsão de abrir mais três em Goiás, Bahia e Minas Gerais. A sede brasileira fica em São Paulo (foto acima).

- Temos importante presença e reconhecimento no RS. O marketplace facilita a busca do produtor rural para encontrar o que quer. É como o Google - compara Sant?Anna.

As novas gerações são o principal canal de acesso para a plataforma. Que tem metas ousadas: até 2025 quer estar em 20 países (hoje está em nove), mirando também o status de unicórnio. Para chegar lá, recebeu aporte de cerca de US$ 11 milhões, de investidores como Syngenta Ventures, Bunge Ventures, SP Ventures e Brasil Agro.

Sem abrir o faturamento, a empresa afirma que, no primeiro ano em solo brasileiro, registrou crescimento mensal na casa de 23%. Para o próximo, a estimativa é crescer de quatro a cinco vezes mais.

GISELE LOEBLEIN

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