21 DE DEZEMBRO DE 2019
DA INFÂNCIA AO ESTRELATO
família adotou PORTO ALEGRE
A chegada de Everton a Porto Alegre teve apoio de outro ponteiro-esquerdo gremista. Ao ver o jogador se destacar em treinos do Fortaleza, Jorge Veras (atleta nos anos 1980) resolveu indicá-lo ao seu antigo clube do Sul. Em 2012, o maracanuense se destacou na Copa Carpina Sub-16, disputada em Pernambuco. Imediatamente, chamou a atenção de diversos clubes do páis, entre eles o Grêmio... e o Inter.
A diferença foi que os colorados ofereceram testes, proposta rejeitada pelo Fortaleza. Os gremistas já acenaram logo com um contrato. Em março de 2013, Everton chegou emprestado para a base tricolor. No final do ano, o clube gaúcho pagou R$ 300 mil por 90% dos seus direitos.
Praticamente pulou o sub-17, já que após poucas partidas foi alçado ao sub-20. Subiu ao profissional no final daquele 2013, com Enderson Moreira. Com Felipão, na sequência, quase foi parar emprestado ao Novo Hamburgo, para ganhar rodagem. Depois, consolidou-se na equipe e nunca mais saiu.
Sonho
Além da mulher e dos filhos, a vida em Porto Alegre ganhou a companhia dos pais, Carlos Alberto e Elenira, e de sua irmã caçula Bia, de cinco anos. Apenas o outro irmão, João Victor, de 18 anos, ficou no Ceará. Os familiares se mudaram à capital gaúcha porque havia a expectativa de sair do Grêmio vendido a um gigante europeu, e eles iriam para lá ajudar em mais essa troca de rotina. Como não houve acerto, seguiram por aqui. Não moram na mesma casa, mas próximos.
- Gosto muito da cidade, é muito legal o carinho dos gaúchos com o Everton. Para nós, é como um sonho. Sempre quisemos morar todos juntos - revela o pai do jogador de 23 anos.
Forte AMIZADE
Impossível falar sobre amigos de Cebolinha sem mencionar Wescley Farias. Aos 36 anos, o ex-jogador conheceu Everton por causa do futebol. Como adversário. Depois de lesões de joelho que lhe afastaram do profissionalismo em uma carreira com passagens por Fortaleza, Tuna Luso e até futebol austríaco, Wescley era o técnico oponente de uma final de futebol de campo contra a equipe do Cabeça. Ele mesmo admite: seu time era muito melhor. Mesmo assim, Everton deu um trabalhão, dificultando a conquista do título. Ali, criaram um vínculo e se aproximaram ainda mais.
Atitude
Quando o Cabeça começou a virar Cebolinha, já na categoria de base do Fortaleza, onde chegou aos 14 anos, estreitaram os laços. Wescley virou amigo de Carlos Alberto, o Betão, pai de Everton. Mais: tornou-se seu ajudante. Recepciona o atacante do Grêmio sempre que vai a Maracanaú, como nas férias atuais.
Em meio a isso, a vida reservou a Wescley a pior dor que um pai pode ter. Cecília, sua filha, após uma gestação complicada, nasceu com cinco meses e por três anos lutou contra as complicações de um parto prematuro. Em agosto de 2019, não resistiu.
Everton ficou arrasado. Ele e os familiares, que têm em Wescley um dos seus, fizeram o que puderam para ajudá-los. Após a morte da menina, Cebolinha deixou sua homenagem. Ao marcar um dos gols do Grêmio na vitória sobre o Goiás, na Arena, o atacante fez um gesto de chupeta, apontou para o alto e foi até uma câmera da transmissão e disse: "Cecília, é para você". Depois, postou no Instagram uma foto explicando a atitude.
- Não sei como descrever nossa amizade. Ele é um cara muito importante na minha vida. Ajudou em tudo o que precisei e mantém a mesma simplicidade de quando batia um racha (a expressão cearense para jogar uma pelada) aqui na rua - derrete-se Wescley.
Cebolinha foi fundamental para a realização de um dos sonhos do amigo. Pouco depois de perder a filha, Wescley organizou um evento de Dia das Crianças para arrecadar brinquedos e promover ações sociais para a gurizada da região. A ação lotou a praça de Maracanaú e, pelo menos por alguns minutos, trouxe alegria ao lugar mais violento do Brasil.
Forte AMIZADE
Impossível falar sobre amigos de Cebolinha sem mencionar Wescley Farias. Aos 36 anos, o ex-jogador conheceu Everton por causa do futebol. Como adversário. Depois de lesões de joelho que lhe afastaram do profissionalismo em uma carreira com passagens por Fortaleza, Tuna Luso e até futebol austríaco, Wescley era o técnico oponente de uma final de futebol de campo contra a equipe do Cabeça. Ele mesmo admite: seu time era muito melhor. Mesmo assim, Everton deu um trabalhão, dificultando a conquista do título. Ali, criaram um vínculo e se aproximaram ainda mais.
Atitude
Quando o Cabeça começou a virar Cebolinha, já na categoria de base do Fortaleza, onde chegou aos 14 anos, estreitaram os laços. Wescley virou amigo de Carlos Alberto, o Betão, pai de Everton. Mais: tornou-se seu ajudante. Recepciona o atacante do Grêmio sempre que vai a Maracanaú, como nas férias atuais.
Em meio a isso, a vida reservou a Wescley a pior dor que um pai pode ter. Cecília, sua filha, após uma gestação complicada, nasceu com cinco meses e por três anos lutou contra as complicações de um parto prematuro. Em agosto de 2019, não resistiu.
Everton ficou arrasado. Ele e os familiares, que têm em Wescley um dos seus, fizeram o que puderam para ajudá-los. Após a morte da menina, Cebolinha deixou sua homenagem. Ao marcar um dos gols do Grêmio na vitória sobre o Goiás, na Arena, o atacante fez um gesto de chupeta, apontou para o alto e foi até uma câmera da transmissão e disse: "Cecília, é para você". Depois, postou no Instagram uma foto explicando a atitude.
- Não sei como descrever nossa amizade. Ele é um cara muito importante na minha vida. Ajudou em tudo o que precisei e mantém a mesma simplicidade de quando batia um racha (a expressão cearense para jogar uma pelada) aqui na rua - derrete-se Wescley.
Cebolinha foi fundamental para a realização de um dos sonhos do amigo. Pouco depois de perder a filha, Wescley organizou um evento de Dia das Crianças para arrecadar brinquedos e promover ações sociais para a gurizada da região. A ação lotou a praça de Maracanaú e, pelo menos por alguns minutos, trouxe alegria ao lugar mais violento do Brasil.
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