02 DE ABRIL DE 2019
RBS BRASÍLIA
Bolsonaro não rasga dinheiro
Lideranças do agronegócio e a bancada ruralista estão convictos de que o presidente Jair Bolsonaro não vai transferir a embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém. Na opinião do ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra, manter a ideia da mudança seria o mesmo que rasgar dinheiro. Em um país com 13 milhões de desempregados, a lógica é trabalhar para manter e expandir os mercados.
Não há motivo para fustigar parceiros comerciais como os países árabes. A ministra Tereza Cristina (Agricultura) não perdeu tempo e levou números para Bolsonaro. Com o apoio da bancada ruralista e dos generais, ela mostrou que o país só teria a perder comercialmente. Ainstalação do escritório em Jerusalém seria um meio-termo, um ponto final no impasse, se lideranças evangélicas e o próprio filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, não mantivessem vivo o discurso datransição. Mas o agronegócio prefere apostar no bom senso do presidente.
MÉDICOS
O Ministério da Saúde vai acabar com o Mais Médicos para capitais e municípios de grande e médio portes. Os atuais contratos serão honrados, mas não haverá renovação. Caxias, Santa Maria, Canoas e Porto Alegre são exemplos de regiões atingidas. À coluna, o secretário de Gestão Estratégica e Participativa da pasta, Erno Harzheim, confirmou que basta uma portaria para definir o perfil das cidades que seguem no programa.
MÉDICOS 2
Na próxima semana, o governo anuncia a liberação de recursos para municípios interessados em aderir à ampliação dos horários de atendimento nas unidades de saúde. Seria um Mais Saúde da Família, com aumento de aporte. Serão R$ 150 milhões neste ano e R$ 525 milhões em 2020. A medida não é encarada pelo governo como uma compensação pelo fim do Mais Médicos, mas é.
TENTAÇÃO
Se não houver mais gracinhas e provocações nas redes sociais, na segunda quinzena de abril o relatório da reforma da Previdência estará aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e pronto para a comissão especial. Depois da Páscoa, os mapas de votos começam a ser feitos pelo Palácio do Planalto.
Colaborou Silvana Pires - CAROLINA BAHIA
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