Santo Antônio do Partenon
Para quem frequenta a Igreja Santo Antônio do Partenon, dia 13 não é dia de azar, mas de bênçãos do padroeiro da paróquia, que é um dos mais populares entre os católicos por cuidar dos humildes e por dar uma forcinha para aqueles que buscam um bom casamento.
- É o santo mais popular do mundo - afirma o pároco atual, frei Luiz Sebastião Turra.
Antes de receber a primeira capela em 1875, o terreno onde está o templo pertencia ao Coronel Arruda e foi palco de um movimento histórico em Porto Alegre, o Partenon Literário, de 1868. Essa sociedade de intelectuais patrocinava saraus e reuniu grandes nomes da literatura, como Caldre Fião e Apolinário Porto Alegre.
A paróquia Santo Antônio é de 1911. A igreja que segue hoje tem um estilo eclético e começou a ser construída em 1928, com condução do engenheiro austríaco Germano Casagranda e projeto do francês Henri Victor Denarté. Uma curiosidade é que os materiais, como cimento, vinham de navio da França, Inglaterra e Alemanha.
A conhecida cruz iluminada na torre foi erguida em 1932. O carrilhão com 18 sinos veio da França. A conclusão do formato atual só ocorreu em 1961.
Igreja São Pedro
As torres brancas e o estilo neogótico da Igreja São Pedro não passam despercebidos na Avenida Cristóvão Colombo. O terreno, que antes tinha uma pequena capela, erguida em 1887, se transformou com a construção do prédio atual.
- O bairro Floresta se construiu em torno da igreja, com a criação do comércio e a presença de famílias luso-portuguesas, alemãs e italianas, que contribuíram na obra - conta o padre Luciano Massullo, pároco desde 2013.
A paróquia é anterior à construção e completou cem anos em 2019. Com projeto do arquiteto tcheco Josef Hruby, a parte interna da igreja ficou pronta em 1922. Já a externa e as torres foram finalizadas em 1929.
As pinturas do teto, com os 12 apóstolos, foram feitas pelos irmãos Curci e são originais. Já os sinos e o órgão, ainda utilizado, vieram da Alemanha.
Uma réplica da imagem de São Pedro, que faz referência à que está Vaticano, foi doada por um casal que veio de Roma em 1949. Segundo o padre Luciano, os fiéis gostam desta parte para deixar chaves da casa própria em agradecimento ao santo, que foi o primeiro Papa e recebeu as chaves do reino do céu.
A referência ao paraíso também está nos altares e estruturas com formatos que apontam para o alto. Segundo o professor Cláudio Calovi Pereira, esse estilo neogótico surgiu na Europa no século 18 e apareceu em Porto Alegre na antiga catedral.
Portas
A ideia arquitetônica é indicar que dentro da igreja estão as coisas celestes. Já o mal e as perdições do mundo ficam do lado de fora. No caso da São Pedro, o padre Luciano chama atenção para um contraste: os dragões (que seriam os monstros normalmente incluídos nas paredes externas) foram colocados no antigo púlpito em que os sacerdotes faziam os sermões, o que destoa da intenção da estética gótica.
O simbolismo também chega até as portas do templo. Como a Bíblia diz que a porta do céu é estreita, a entrada para o interior da igreja fica menor em relação à que vai para a escadaria da rua. Além disso, os degraus indicam que é preciso subir para chegar ao paraíso que, no caso, está dentro da igreja.
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