Fusão entre gaúchas da tecnologia
Duas marcas gaúchas da área de tecnologia anunciaram fusão e, com isso, ficarão sob o guarda-chuva de uma empresa canadense. Uma delas é a Promob, que desenvolve softwares para o setor moveleiro. Já a outra, a Focco, atua com o segmento metalmecânico, indústria de alimentos e distribuidores. Ambas têm sede em Caxias do Sul. A Promob já pertencia à 2020 Technologies, fundada em 1987 e estabelecida em Quebec, no Canadá.
A empresa canadense tem aplicativos usados por designers para criarem ambientes com grande semelhança com a realidade. A ideia da fusão é ampliar negócios. As marcas querem expandir a participação nacional delas e aumentar o número de funcionários. Seus produtos são complementares para desenvolver softwares de projetos, produção e gestão, contam os executivos Mark Stoever, CEO da 2020 Technologies, Vanderlei Buffon, general manager da Promob Software Solutions, e Evandro Ballico, CEO da Focco Soluções de Gestão.
Gasolina politizada
Ex-secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia - no qual atuou por 20 meses -, Paulo Uebel é defensor do mercado aberto e crítico da alta carga tributária. Por isso, na entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, a coluna questionou o executivo sobre o assunto do momento no país: o alto preço dos combustíveis.
O senhor já criticou intervenção na Petrobras para regular preços, mas a possibilidade volta à discussão. O que acha?
Sou contra a interferência política em qualquer estatal. As empresas têm que ser geridas de forma profissional, com foco em cumprir suas obrigações. Vejo que o debate da gasolina tem sido politizado. Deveríamos ter um mercado mais aberto, sou contra qualquer monopólio. Quanto mais empresas estiverem trabalhando no setor, menor a dependência da Petrobras, mais fácil avaliar se ela está sendo usada de forma correta.
Conheço bem o ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco, que fez uma gestão magnífica, muito profissional, e entendo que a paridade internacional faz parte do processo. Está nos estatutos da companhia e no plano de governo do presidente Bolsonaro. Se quiser ir contra, o próprio governo deverá reembolsar a companhia. Por quê? Porque é obrigado a respeitar os acionistas minoritários. Você não pode fazer política governamental com empresa de capital aberto.
E em relação à carga tributária, à polêmica do ICMS sobre a gasolina?
A discussão da carga tributária no país não é só do setor de combustíveis, é geral. Ela é alta e o Brasil entrega serviços públicos que deixam a desejar. A solução não é setorial na gasolina, mas é estrutural. A reforma administrativa é a melhor solução, porque ataca o problema de forma estrutural, não setor A, B ou C, que pode gerar mais distorção. Precisa ter um Estado com custo menor para a sociedade, o que significa cortar privilégios e aumentar eficiência.
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