27 DE OUTUBRO DE 2021
OPINIÃO DA RBS
O ÊXITO DA VACINAÇÃO
Nove meses após a primeira gaúcha receber a dose inicial contra a covid-19, não há o que contestar em relação ao êxito da imunização como grande arma para conter a covid-19. No momento mais dramático da pandemia no Estado, em meados de março, a média diária de óbitos chegou a 328, e agora está abaixo de 20, uma extraordinária queda de 95% (leia reportagem na página 16). Nesse mesmo intervalo de tempo, a curva da vacinação cumpre uma trajetória contrária. Avança. Os totalmente protegidos no Estado, com o esquema completo, eram somente 2% e agora passam da metade da população, provando que eram acertadas as previsões de cientistas, autoridades da saúde e médicos de que, conforme fosse progredindo a cobertura, os números da doença cederiam.
Há o que celebrar, mas ainda não é aceitável que, em média, as vítimas fatais no Estado permaneçam na casa das dezenas. É preciso continuar reduzindo paulatinamente as estatísticas. Para deter a circulação do vírus, ainda é essencial que toda a população apta complete o seu esquema vacinal e receba a dose de reforço quando for o caso, ampliando a barreira individual e coletiva contra o novo coronavírus. Ao mesmo tempo, ainda seguem importantes os cuidados pessoais, como o uso de máscara, higienização das mãos e sempre que possível evitar aglomerações.
Além de mortes, as vacinas têm contribuído para diminuir as estatísticas de contágios, adoecimentos e quadros graves, o que se traduz em menor pressão no sistema de saúde. Ao evitar casos críticos, é possível ainda esperar um menor número de pessoas com sequelas persistentes da doença. Por todos os ângulos que se olhe, os benefícios da vacina são claros e contundentes, materializados nas estatísticas e, mais importante, em vidas salvas e uma menor quantidade de famílias enlutadas.
Os dados de ontem à tarde da Secretaria Estadual da Saúde mostravam que 93,8% da população adulta do Estado já tinha recebido ao menos a primeira dose e, do total de habitantes do Rio Grande do Sul, a taxa chegava a 78,1%. Já estão com o esquema completo 75,7% dos adultos. É um sinal inequívoco de confiança na ciência, que atesta a eficácia e a segurança dos imunizantes disponíveis no país. Os altos percentuais, que tendem a continuar crescendo, o que é essencial para frear a propagação viral, mostram ainda que, a despeito de existir desinformação e disseminação de teorias conspiratórias sobre as vacinas, a conscientização vence o negacionismo com larga vantagem. A pandemia não chegou ao fim, é verdade, mas é possível dizer que, a cada dose recebida, as esperanças se tornam mais palpáveis.
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