quinta-feira, 21 de agosto de 2025


21 de Agosto de 2025
CONEXÃO BRASÍLIA - Matheus Schuch

Mau sinal para o Planalto, Motta e Alcolumbre

A mudança inesperada no comando da CPI do INSS é mais do que uma derrota para o governo Lula. O resultado demonstra o descontentamento com a condução do tema pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Evidencia ainda o enfraquecimento no poder de comando de ambos.

Até então, parlamentares governistas estavam satisfeitos com o acordo em torno da discussão. Além de ter adiado o início da CPI, a articulação do Planalto havia garantido nomes alinhados aos presidentes das duas Casas na presidência e na relatoria.

Com o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), a leitura entre os parlamentares era de uma condução moderada, com menos espaço para exploração política do tema.

Já as eleições do senador Carlos Viana (Podemos-MG) e do deputado bolsonarista Alfredo Gaspar (União-AL) indicam que a oposição terá força para convocar quem quiser, além de liderar os debates.

Convocação de Frei Chico

Um dos requerimentos que deve ter prioridade é a convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chico. Irmão de Lula, ele é dirigente de um dos sindicatos investigados.

Além de gerar apreensão no governo, a mudança no comando da CPI aumenta a pressão sobre Motta e Alcolumbre. Nos bastidores, é cada vez maior a insatisfação em torno da condução de temas polêmicos, como a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado. Por isso, o rompimento do acordo para a CPI deverá mexer no xadrez político e ter consequências bem além da comissão. _

CONEXÃO BRASÍLIA

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