
Custos da COP30 assustam autoridades
O impasse diante dos altos preços das acomodações em Belém (PA) para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - a COP30 - vem se arrastando há meses. Porém, um sinal de alerta foi aceso nesta semana diante do anúncio do presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, de que não virá à Conferência devido aos "custos particularmente altos".
O problema, no entanto, não é novo. Na semana passada, durante reunião entre os organizadores e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), foi apresentada uma carta assinada por 25 países solicitando a transferência do local do evento.
Imediatamente, na sexta-feira passada, o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou que não há um "plano B" e que Belém possui estrutura adequada para receber o evento, ainda que reconheça os preços abusivos das hospedagens. Nesta quarta-feira, durante audiência na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, Corrêa do Lago reforçou: "Eu tenho dito que não há plano B. O plano B é B de Belém."
A coluna conversou com integrantes da equipe operacional da COP, que explicaram como funcionam convites e a participação dos países no evento: 198 nações são partes da UNFCCC, órgão responsável pela organização da conferência.
Participação automática
Por esse motivo, não é necessário que essas nações recebam convite formal do país-sede - a participação é automática e prevista, já que são membros da Convenção. Cada delegação apenas confirma a presença à ONU, que então repassa a informação ao anfitrião, no caso, o Brasil.
Além disso, a ausência de um chefe de Estado não significa que o país estará ausente. É o caso da Áustria: embora o presidente não venha, o país terá equipe de negociadores, incluindo o ministro do Meio Ambiente, Norbert Totschnig, que já confirmou presença.
No entanto, a medida é vista com apreensão por alguns especialistas. Para Andrea Santos, professora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE/UFRJ), que já participou de 20 edições da Conferência e estará na COP30, a situação pode contribuir para um esvaziamento do evento e comprometer o consenso nas negociações climáticas.
- Era para estarmos focados no avanço da agenda climática e na implementação das ações - disse ela à coluna. - A sinalização de não vinda de um chefe de Estado de um país desenvolvido por conta da exploração nos valores de hotéis é muito ruim. Os países menos desenvolvidos estão revoltados e pressionando a presidência da COP30 para mudar de lugar. Vários afirmam que, se a conferência acontecer ali, não terá legitimidade - afirmou. _
Medidas para contornar o problema
Uma nova reunião entre a organização do evento e a ONU está marcada para a próxima quinta-feira. Nela, estarão presentes representantes das delegações, a presidência da COP e a UNFCC. Enquanto isso, o governo já anunciou duas medidas emergenciais: o lançamento de uma plataforma oficial com opções de hospedagem e a contratação de dois navios de cruzeiro para servir como alojamento temporário. _
RS tem carteira de motorista mais cara
O ranking é baseado em dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). No outro extremo, a Paraíba tem a CNH mais acessível, com custo médio de R$ 1.950,40.
A divulgação do ranking coincide com o debate sobre uma nova proposta do governo federal que pretende dispensar as aulas em autoescolas para a obtenção da CNH. O objetivo é flexibilizar a formação de condutores, reduzir a burocracia e tornar o processo mais acessível, especialmente para populações de baixa renda. Segundo o governo, o alto custo é um dos principais obstáculos que afasta brasileiros da habilitação. _
Como será o novo salão de baile de R$ 1 bilhão da Casa Branca
O presidente americano, Donald Trump, anunciou na última semana que construirá um salão de baile na Casa Branca. A obra começará em setembro, com expectativa de encerramento antes do final do mandato de Trump (janeiro de 2029). O espaço terá 8,4 mil metros quadrados e irá custar US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão).
O novo salão de baile terá capacidade para 650 pessoas sentadas. O atual espaço usado na Casa Branca, o Salão Leste, comporta 200 convidados. O novo espaço ficará na Ala Leste, fora do prédio principal da sede do governo.
O escritório responsável pela obra é o McCrery Architects, conhecido por seus projetos arquitetônicos clássicos. A equipe de construção será liderada pela Clark Construction e a equipe de engenharia pela AECOM.
As imagens destacam o estilo clássico escolhido por Trump, com colunas, luminárias, teto, janelas e arcos com detalhes em dourado clássico.
"A Casa Branca é um dos edifícios mais belos e históricos do mundo, mas atualmente não pode sediar grandes eventos em homenagem a líderes mundiais e outros países", diz trecho do comunicado do governo americano.
Segundo a Casa Branca, o valor da obra será bancado pelo presidente e por doadores. _
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