
As razões de Trump para impor tarifaço à Índia
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou ontem uma nova etapa de seu plano para pressionar pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia: a imposição de tarifas adicionais de 25% sobre produtos da Índia.
A medida entra em vigor em três semanas e se soma a outra tarifa de 25% que começa a partir de hoje, igualando-se aos 50% já aplicados a alguns produtos do Brasil.
Segundo analistas ouvidos pela coluna, Trump justificou a decisão com base nas relações comerciais entre Nova Délhi e o Kremlin. Atualmente, a Índia é o maior comprador de petróleo russo, responsável por cerca de 36% das importações do combustível em 2024.
Caso as sanções se estendam a outros países que mantêm relações comerciais com a Rússia, o Brasil pode ser afetado, já que importa diesel e fertilizantes da nação comandada por Vladimir Putin. Em entrevista à agência Reuters, o presidente Lula afirmou que pretende discutir uma resposta conjunta dos Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - às medidas dos Estados Unidos.
Os motivos americanos
A ação ocorreu dois dias antes do prazo final dado por Trump ao presidente Vladimir Putin, quando o republicano ameaçou impor sanções à Rússia caso não haja acordo de paz. Na ocasião, Trump alertou sobre tarifas de até 100% a países que continuarem comprando petróleo russo. Além da Índia, China, Turquia e Brasil estão na mira dessas sobretaxas - o que acende sinal de alerta.
O Brasil é um dos maiores importadores de diesel russo. Em 2024, as compras somaram US$ 5,4 bilhões, um recorde. Só neste ano, mais de 60% do diesel importado pelo país veio da Rússia, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Caso as sanções se estendam a outros produtos, o agronegócio brasileiro pode ser impactado. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes ao Brasil, respondendo por 30% do total importado.
Diante do impasse para o fim do conflito, que já dura quase três anos e meio, não está descartada a possibilidade de novas tarifas ao Brasil nos próximos dias. _
Comando Militar envia tropas à área amazônica
O Comando Militar do Sul (CMS) deu início, no fim de semana, ao deslocamento de tropas e viaturas rumo à região amazônica para participar da Operação Atlas.
O exercício, que envolverá ações conjuntas entre Exército, Marinha e Força Aérea, terá desdobramentos em Roraima e seguirá até 11 de outubro. Os comboios partiram de Cruz Alta (RS) e Curitiba (PR) em direção a Boa Vista (RR).
Do Estado, caminhões-prancha do 3º Batalhão de Suprimento, de Nova Santa Rita, transportam viaturas blindadas da Artilharia Divisionária da 3ª Divisão de Exército, como os obuseiros M109 e os blindados M113.
No próximo dia 21, terá início o deslocamento de tropas de engenharia, composta por militares do 3º Batalhão de Engenharia de Combate, de Cachoeira do Sul, na região Central, e do 6º Batalhão de Engenharia de Combate, de São Gabriel, na Fronteira.
Ao todo, 48 viaturas e 88 militares estão sendo deslocados para a região amazônica. Nos próximos meses, militares do 12º Regimento de Cavalaria Mecanizado, de Jaguarão, na região Sul, seguirão para a área e participarão da Operação Atlas.
No total, 275 militares e 125 viaturas - sendo 13 blindadas - do CMS participarão dos exercícios. _
Entidades representativas apoiam revisão do Plano Diretor
O Movimento Porto Alegre+, grupo que reúne 59 entidades representativas de comércio, varejo, indústria, serviços, educação, saúde, turismo, arquitetura, urbanismo e empreendedorismo, divulgou uma nota onde manifestou seu "total apoio" à revisão do Plano Diretor de Porto Alegre. A iniciativa é conduzida pela prefeitura desde 2019.
"Legitimidade"
Em nota oficial, o coletivo afirmou que a proposta apresentada pela prefeitura "possui legitimidade técnica e respaldo social, representando um marco necessário" para o desenvolvimento da cidade.
O movimento também defende a atualização do plano em razão de questões econômicas, sociais e ambientais. Segundo o texto, trata-se de um "passo essencial para que Porto Alegre acompanhe as transformações econômicas, sociais e ambientais, avançando rumo a uma cidade mais moderna, inclusiva e sustentável". _
Pimenta vai integrar missão à China
O deputado federal Paulo Pimenta (PT) participará de uma missão oficial do governo federal na China entre os dias 11 e 16 de agosto, para conhecer experiências de reconstrução do país asiático.
Na terça-feira, o parlamentar, acompanhado do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes - que vai liderar a comitiva - reuniu-se com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para acertar os detalhes da viagem, que já começa a partir de hoje.
A comitiva percorrerá as cidades de Pequim e Xangai, além das províncias de Jiangsu e Guangdong, onde cumprirá uma agenda institucional focada no fortalecimento da cooperação internacional e na promoção do desenvolvimento regional.
De acordo com Pimenta, o convite para integrar a comitiva partiu do MIDR em reconhecimento ao seu trabalho à frente das ações de reconstrução no Estado após a enchente de maio de 2024. Um dos objetivos do deputado é buscar parcerias para o RS. _
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