09 DE MARÇO DE 2020
EM DIA
Mais Brasil, mais produtividade
Acabou o Carnaval, começou o ano efetivamente e com muitas contas a pagar, além do fato negativo do coronavírus. É hora de se intensificarem as iniciativas para recuperar-se o tempo parado. A receita passa, obrigatoriamente, pelo aumento de produtividade.
O Brasil tem se mantido nos últimos lugares nos rankings de produtividade. Podemos avançar a partir de ações lineares dos agentes econômicos públicos e privados. Temos potencial para integrar os clubes de elite nesse quesito. Luxemburgo tem se mantido no topo das economias mais produtivas do mundo pelo acompanhamento anual da plataforma Expert Market, graças ao fato de gerenciar com competência suas contas e os investimentos produtivos. Pela ordem, depois vêm Noruega, Suíça, Dinamarca, Islândia, Estados Unidos, Austrália e Irlanda.
Levantamento da Fecomércio-SP realizado em 2019 mostra que os brasileiros produzem US$ 16,75 por hora, o que equivale a 25% do que é produzido nos EUA. Não se trata de desqualificar os trabalhadores no Brasil, que são criativos, colaborativos e que respondem prontamente aos desafios.
Do portão para fora das empresas, os principais inibidores da falta de competitividade são bem conhecidos pela maioria dos brasileiros, como a ineficiência e complexidade tributária, alta burocracia e deficitários sistemas de educação e de infraestrutura, entre outros.
Também não podemos nos iludir de que a moe- da do real desvalorizada torna o país mais competitivo. Isto pode ocorrer no curto prazo, mas no longo prazo, além de mascarar os verdadeiros problemas, gera incremento dos insumos, equipamentos e tecnologias, risco de inflação e maior volatilidade da economia. País com crescimento sustentável precisa pensar em moeda forte!
Do portão para dentro das empresas, há muito o que melhorar em termos de estrutura, logística, máquinas e processos, cada vez mais ancorados em mecanismos de produtividade e gestão! Porém não podemos somente olhar pelo retrovisor. Precisamos promover essa ruptura em inovação através da mudança do mindset das lideranças e pelo protagonismo nos negócios criando um ecossistema de colaboração entre empresas, startups universidades, governo e comunidade.
A digitalização possibilita novos negócios com escala global, o que é assustador, pois os negócios estão sofrendo mudanças de forma exponencial, ao mesmo tempo criam-se oportunidades para as empresas que sejam protagonistas nesta nova era!
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