28 DE MARÇO DE 2020
ACERTO DE CONTAS
Situação da saúde deve ser resolvida antes da economia
Presidente do Conselho de Administração das Lojas Renner e agora investidor também em outras áreas, José Galló mostrou bastante experiência e lucidez nas suas falas nos últimos dias, seja em artigos, conversando com investidores e também em entrevista para a coluna. Sinalizou inconformidade, mas com serenidade, lembrando as outras crises pelas quais passou, como a época da hiperinflação. E mais: defendeu o isolamento no Brasil para combater o coronavírus.
- Itália e Espanha se descuidaram, a doença recrudesceu. Se não resolvermos a crise da saúde, teremos de pagar uma conta muito mais dura ali adiante - alertou.
Galló entende que a primeira crise que tem de ser resolvida é a da saúde. Depois, parte-se para a solução econômica. No entanto, observa que a economia não está totalmente parada. Cita a indústria de alimentos, de medicamentos, os portos e as rodovias, que seguem funcionando. Isso facilitará a retomada depois que a pandemia for contida.
Falou também sobre qual deveria ser o papel de cada um nessa crise. Sobre o governo federal:
- Na área da saúde, temos um líder (o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta) que está falando, que está dizendo as coisas com clareza. Na economia, ninguém está falando. A população quer cronogramas, programação.
Sobre os governos estaduais:
- Os governadores deveriam ter um protocolo econômico. Dizer o que vão fazer em termos de logística, por exemplo.
E, claro, falou também do lado empresarial, conclamando as entidades a agirem e não só pedirem:
- Entidades empresariais têm de entrar em campo. Mas não entrem para pedir. É para entrar lá com solidariedade. Nossos líderes têm de se juntar. Dizer o que podem fazer, com contribuições. Tem de começar a coisa.
GIANE GUERRA
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