segunda-feira, 23 de março de 2020


23 DE MARÇO DE 2020
ARTIGOS

BRAVOS POLICIAIS: TEMOS MAIS ESSA MISSÃO


Vivemos tempos difíceis no cenário gaúcho e no cenário nacional. Todavia, a maior crise é a que estamos enfrentando; uma epidemia de proporção mundial que afetou a todos nós: a covid-19.

As medidas restritivas já começaram e terão grande impacto na vida das pessoas, serão dias, talvez meses, de isolamento do convívio social. Neste contexto, a determinação legal é de que a maior parte da população fique em isolamento; no entanto, há setores profissionais que são imprescindíveis, como os da saúde. Homens e mulheres que têm o dever de sair às ruas e trabalhar, dada a essencialidade de suas funções. É, também, o caso dos bravos policiais civis e agentes da segurança pública.

Alguns colegas policiais, neste mês, tiveram férias interrompidas e retornaram compulsoriamente ao trabalho; tiveram que voltar à linha de frente, com risco à própria vida, na defesa dos gaúchos.

É preciso que cada um faça sua parte, deixando os agentes policiais trabalharem, cumprindo suas ordens, não desobedecendo ou questionando as atitudes tomadas. Fechar as portas do comércio sem resistir, colaborar diminuindo a circulação de pessoas nas ruas e permitindo que o abastecimento das cidades seja feito da melhor maneira. É assim que podemos e devemos agir enquanto cidadãos.

Vamos mostrar ao mundo que somos capazes de enfrentar esse inimigo oculto e vencê-lo, com obediência e sendo solidários, para que tenhamos o menor número possível de infectados e vítimas fatais.

Mesmo quando todas as atenções estão voltadas para o coronavírus, nós não daremos trégua aos criminosos, continuaremos efetuando prisões diariamente e realizando operações policiais, porque essa é nossa missão, é nosso juramento, ainda que, por vezes, tenhamos medo.

Sou uma otimista irrecuperável e acredito no comprometimento das pessoas, principalmente dos meus colegas policiais. Tenho certeza de que superaremos mais essa dificuldade, cada um fazendo a sua parte, para que ao final, possamos voltar para casa, dar aquele abraço, hoje proibido, e retomar aquelas férias interrompidas.

Vamos à luta, porque a sociedade depende de nós.

NADINE TAGLIARI FARIAS ANFLOR, CHEFE DA POLÍCIA CIVIL

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