segunda-feira, 25 de novembro de 2019


25 DE NOVEMBRO DE 2019
OPINIÃO DA RBS

SINAL DE ALERTA NAS ESTRADAS


É no verão, estação de calor e recesso escolar, que a maior parte dos gaúchos e suas famílias pega a estrada para programas de lazer e viagens de férias, seja para o Litoral, seja para outras cidades do Estado. Por ser exatamente o período de maior movimento nas pistas do Rio Grande do Sul, é lastimável a notícia de que, em plena alta temporada, as rodovias estaduais não terão radares fixos em funcionamento.

O difícil é entender como o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) permitiu que a situação chegasse a este ponto. A informação disponível é de que os contratos assinados em 2014 para o monitoramento se encerraram em julho deste ano. Por óbvio, a licitação para a retomada do serviço deveria ter sido encaminhada com antecedência, em tempo hábil para que não houvesse essa lamentável lacuna de fiscalização das altas velocidades durante o veraneio. Inclusive contando com o risco de contratempos burocráticos e legais previsíveis. 

Mesmo que já exista uma empresa considerada vencedora em um dos certames, para operar a maior parte das faixas de tráfego, a previsão é de que a instalação dos controladores ocorra somente em março do próximo ano. No caso da segunda concorrência, o prognóstico é pior, por estar paralisado por um impasse judicial.

Ao menos as lombadas eletrônicas estarão funcionando. Faz bem o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) ao buscar compensar a ausência dos controladores fixos com os radares móveis para tentar impedir as imprudências no acelerador e remanejar homens para as vias que levam às praias, pontos de maior afluxo de viajantes durante o verão.

O fato é que se atravessa um momento em que motoristas responsáveis que trafegam, sozinhos ou com seus familiares, nas estradas do Rio Grande do Sul, precisam de atenção redobrada. Afinal, o governo Jair Bolsonaro também suspendeu, desde agosto, o uso de medidores de velocidade móveis, estáticos e portáteis nas rodovias federais. Os elevados números de acidentes e de índices de mortalidade no trânsito do Estado e do país exigem que, o mais breve possível, a fiscalização seja restabelecida.

Educação é sempre o melhor caminho, mas, quando ela se mostra incapaz de resolver sozinha o problema, não há outra saída que não a punição aos maus condutores. Mesmo antipática, é uma medida forçosa. Agora, no entanto, será essencial centrar esforços na orientação para conscientizar os motoristas dos riscos da velocidade alta e de outros tipos de atitudes temerárias ao volante. Respeitar as regras de boa convivência nas estradas é, literalmente, vital.

OPINIÃO DA RBS

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