
07
de novembro de 2013 | N° 17607
PAULO
SANT’ANA
Aplicaram no Grêmio
Eeu,
uma raposa velha, não percebi que o juiz do jogo ontem era da Federação
carioca, dominada pelo Flamengo.
E o
juiz de ontem aplicou no Grêmio. Certamente industriado pelo Flamengo, que
preferia ver o diabo pela frente do que o Grêmio na finalíssima.
E o
juiz viu uma falta inexistente do Barcos no gol do Ramiro. O dedo do Flamengo
em plena Arena.
E
eu, velho marinheiro, caí nessa esparrela e não denunciei antes da partida que
o árbitro era carioca e ao Flamengo não interessava o Grêmio, com tantas finalíssimas
e tantos títulos conquistados na Copa do Brasil, no jogo final contra ele.
Caímos
na armadilha. E eu caí ainda mais de trouxa. Deveria ter-me apercebido do golpe
e o denunciado antes do jogo. Se eu o tivesse feito, duvido que o árbitro
levaria à frente o seu plano ardiloso quando lesse Zero Hora antes do jogo.
Que
barbaridade!
E,
agora, a esperança é manter-se no G-4 até o final do Brasileirão.
Mas
a gente tem de tomar providências para tornar o ataque do Grêmio mais efetivo. Em
linhas gerais, decepciona um ataque não faça gols, jogo sobre jogo.
Basta
dizer que, em toda a Copa do Brasil, o Grêmio fez apenas dois gols! É muito
pouco.
Algo
precisa ser feito para tornar o ataque do Grêmio mais eficiente, urgente. Senão
cai a casa também no Brasileirão.
Quando
eu era menino, entre meus seis e 10 anos de idade, ficava olhando deslumbrado
as meninas da minha rua de bairro brincarem de roda.
Não
sei como era no tempo de vocês, meus leitores, mas no lugar da minha infância
era feio menino brincar de roda com cantiga.
Mas
um dia ganhei coragem e entrei na roda. Para minha surpresa, fui bem recebido
pelas meninas:
Se
essa rua, se essa rua fosse minha
Eu
mandava, eu mandava ladrilhar. Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para
quando meu amor fosse passar. Mas brincar de roda, para menino, no meu tempo,
era tão sacrílego quanto menino brincar de boneca.
De
boneca nunca tive coragem de brincar, embora me passasse isso de leve pela cabeça.
Meu
brinquedo favorito, entre os meninos da minha rua, era o de esconde-esconde. Um
menino fechava os olhos, se virava contra a parede e os outros saíam para se
esconderem.
O
menino que procurava os outros achava um menino ali, achava outro acolá, até que
demorava muito para achar o último.
Em
seguida, o primeiro que tinha sido achado passava a ser o procurador e a
brincadeira recomeçava.
Não
era muito interessante esse esconde-esconde, mas também não era maçante.
Passavam-se
os anos na infância no rumo da maturidade a brincar-se de esconde-esconde.
Belos
tempos de infância em que não se tinha medo do futuro, pelo contrário,
ambicionava-se o futuro como plataforma de segurança, de capacidade de vir-se a
ter filhos, de ganhar uma profissão. Chego quase a chorar quando me lembro
dessas passagens.
Se a
gente soubesse como seria esse tempo de adulto que hoje vivemos, por certo
desejaríamos que nossa infância se cristalizasse e nunca deixássemos de ser
criança.
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