sábado, 1 de outubro de 2011


Revista Veja

Conar investigará comercial com Gisele Bündchen

Órgão recebeu 20 denúncias, tanto de homens quanto de mulheres

Gisele Bündchen: campanha para a Hope foi interpretada como discriminatória por alguns consumidores


Gisele Bündchen: campanha para a Hope foi interpretada como discriminatória por alguns consumidores (Divulgação)

Logotipo Exame.com O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária - Conar - abriu um processo para investigar a campanha publicitária "Hope Ensina", da Hope, protagonizada pela modelo Gisele Bündchen.

A representação foi aberta depois que o órgão recebeu 20 protestos enviados por e-mail por consumidores, tanto homens quanto mulheres, que reclamaram do suposto teor discriminatório mostrado pela propaganda. Hoje, o Conar deve fazer a nomeação de um relator para cuidar do caso. O julgamento deve ocorrer daqui a cerca de um mês.

No filme, criado pela Giovanni+Draftfcb e lançado pela marca de lingeries no dia 20 deste mês, Gisele Bündchen aparece usando roupas íntimas para sugerir às mulheres brasileiras que usem a sensualidade na hora de dar uma notícia desagradável ao marido.

Na última quarta-feira (28), a Hope enviou uma carta à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), órgão de onde partiram os protestos iniciais, em que se defende das acusações dizendo que os exemplos citados nos filmes "nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal".

"Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher", diz a nota.

O órgão, no entanto, já havia encaminhado ofícios ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda.

Hoje, o diretor de criação da campanha, Adilson Xavier, tentou explicar o que está acontecendo, e chegou a classificar como "ridícula" a polêmica gerada em torno das peças. O publicitário enfatizou que os comerciais foram criados para uma marca que vende lingeries, o que torna, no mínimo, estranho, mostrar a modelo de roupa. "Temos que entender qual o produto que estamos mostrando", disse Xavier.

Com muito rebolado, Shakira fecha a 5ª noite do Rock in Rio
Exímia na arte de requebrar o quadril, cantora arranca algum estusiamo dos fãs
Rodrigo Levino, da Cidade do Rock
Skakira durante o show no palco Mundo, no quinto dia do Rock in Rio, em 30/09/2011

Skakira durante o show no palco Mundo, no quinto dia do Rock in Rio, em 30/09/2011 (Wagner Meier/Fotoarena)

A colombiana Shakira encerrou o quinto dia de shows do Rock in Rio IV arrancando algum entusiasmo da plateia. Com cerca de uma hora de atraso (ela deveria subir ao palco às 00h50), a cantora iniciou a sua apresentação com o sucesso Estoy Aqui, do disco Pies Descalzos, de 1996.

Realizando três trocas de roupas, que variaram de calça colada, blusa dourada até uma saia longa escarlate, Shakira apresentou por cerca de uma hora e meia um repertório que mapeou sua carreira, iniciada no começo dos anos 1990, e que se internacionalizou mais fortemente na década passada quando despontou no mercado anglófono.

Si Te Vas, Inevitable, Tortura, Loca, Ciega e Gipsy (quando ela executa um número de dança flamenca bem pendido para o cafona) dividiram lugar no repertório com Whenever, Whatever, She Wolf e uma dispensável versão de Nothing Else Matters, canção do Metallica que recebeu com a cantora a vestimenta de uma novela mexicana.

Simpática, Shakira interagiu com a plateia, levou fãs ao palco, com quem dividiu o microfone, caminhou entre a plateia e cumprimentou o público diversas vezes em português. Em uma delas anunciando: “Eu sou toda de vocês e estou aqui para satisfazê-los”.

Musicalmente o leque de Shakira é amplo. Há ritmos latinos, pitadas de música árabe (um número inteiro de dança do ventre a caráter em Ojos Así) e pop melódico pontuado por percussão e batidas eletrônicas. Um excesso de informações que não raro torna a execução das músicas confusa e enfadonha.

De timbre marcante e cantando bem na medida do possível, assim como recorrendo às backing vocals e ao playback em certos trechos, a cantora se destacou mesmo pela desenvoltura na arte do rebolado. Pode ser considerada exímia nesse quesito a ponto de em alguns momentos do show a música ser o menos importante ou fazer nenhum sentido.

Wagner Meier/Fotoarena

Skakira durante o show no palco Mundo, no quinto dia do Rock in Rio, em 30/09/2011

Skakira durante o show no palco Mundo, no quinto dia do Rock in Rio, em 30/09/2011

Antes de fechar o concerto com Waka, Waka, música tema da Copa do Mundo de 2010, Shakira recebeu no palco a cantora brasileira Ivete Sangalo, com quem cantou uma versão de País Tropical, do cantor e compositor Jorge Ben Jor.

O encontro rendeu o momento mais interessante da noite que, para alguns fãs, teria sido perfeita caso Shakira não tivesse se abstido de cantar Rabiosa, seu sucesso mais recente.

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