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quinta-feira, 6 de outubro de 2011
06 de outubro de 2011 | N° 16848
PAULO SANT’ANA
Comprar? Sim. Pague depois
O meu instrutor de ginástica, Paulo Toldo, costuma dizer: “Comprar é uma coisa, pagar é outra coisa bem diferente”.
E tem razão. Todas as coisas com valor que adquiri, se eu fosse sensato, não deveria adquiri-las. Era quase certo que não poderia pagá-las, mas enfrentei o crédito e acabaram sendo minhas.
Em suma, para se comprar um bem caro, é necessário que se tenha receio de não poder pagá-lo.
O crédito é esta fenomenal invenção humana mediante a qual se pode adquirir alguma coisa antes mesmo de merecê-la, isto é, depois de adquirido o bem, é que você vai se esforçar para pagá-lo.
Eu não poderia ter adquirido, há 30 anos, minha primeira casa própria, se não fosse em 240 prestações mensais, pelo então existente Banco Nacional de Habitação.
E, depois de 20 anos, eu não estava só na posse mas também na propriedade do meu apartamento.
Não conheço ninguém próspero que não tenha usado o crédito para ficar rico. Todos os ricos compraram seus bens e empresas a crédito.
Podem até os ricos comprar tudo à vista agora que estão ricos, mas só ficaram ricos porque compraram tudo a crédito.
Então, sob certo aspecto, quando se vai adquirir alguma coisa de valor, deve-se pensar assim: “Em realidade, eu não poderia adquirir isso, mas vou fazê-lo, com o tempo eu haverei de dar um jeito de pagar”.
Esse truque vem a ser exatamente a impetuosidade exigida em todo negócio, que implica risco e coragem.
Eu vou além, se eu fosse impetuoso e corajoso nos negócios, tenho certeza de que seria rico. Só não o sou porque meus receios, minha mania de fazer tudo com os pés no chão, não me deixaram comprar a crédito tudo o que deveria ter comprado.
Vai daí que para se prosperar não se tem de ter os pés nos chão, tem de se ter a cabeça no sonho.
Conheci muita gente que ficou rica tendo o seguinte comportamento: comprava tudo o que podia a crédito, não interessava nem o preço, podia ser exagerado. Mas comprava. E foi se locupletando.
É também verdade que conheci muita gente que saiu a comprar tudo a crédito e depois não pôde pagar e foi à falência.
Mas eu não estou aqui me fixando nos que se deram mal ao comprar a crédito. Eu estou aqui afirmando que todos os que se deram bem foi porque compraram a crédito.
Quantos milhões de pessoas não poderiam ter adquirido seus refrigeradores, televisores, carros, se não fosse pelo crediário?
Ou seja, o crédito transforma a vida para melhor, além de ser fator impulsionador de progresso das pessoas, creio que também das nações.
Comprar é uma coisa, pagar é outra bem diferente.
E, depois que criaram esse tal de cartão de crédito, as pessoas não compram mais à vista coisa nenhuma, nem o cigarro, nem o jornal, talvez só a engraxada no sapato.
A poeta Ana Mariano lançou ontem seu romance Atados de Erva, no Instituto NT. Ela também é autora do poema divulgado na Semana Farroupilha, na mensagem da Panvel.
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