Comitiva gaúcha busca inspirações e prospecta negócios
Grupo se reuniu em frente à entrada da Feira de Hannover para registrar participação no evento
GUILHERME HAMM / PALÁCIO PIRATINI
Guilherme Kolling, de Hannover
A delegação de executivos, empresários e entidades da indústria brasileira em Hannover tem foco em prospecção de novos negócios. O coordenador de internacionalização da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Felipe Spaniol, diz que a participação no evento abre portas para estabelecer contatos comerciais e preparar a internacionalização de empresas.
E, eventualmente, também fazer negócios. Nesse sentido, o analista técnico do Sebrae-RS, Fabiano Dallacorte, observa que é comum, durante a troca entre as próprias empresas que participam da missão, ocorrerem negócios. Neste ano, são 21 empresas apoiadas pelo Sebrae-RS para vir à Feira de Hannover.
Consultor de empresas brasileiras que planejam entrar no mercado alemão, Claus Traeger, que vive na Alemanha e acompanha a missão empresarial brasileira há anos, observa um “efeito bumerangue”, isto é, as empresas do Brasil vêm até a Alemanha, observam tendências, e voltam ao Brasil para fazer negócios.
De qualquer forma, o foco de boa parte dos executivos e industriais que estão na feira é buscar inspiração após ter contato com tendências tecnológicas da indústria apresentadas em Hannover.
É o caso do sócio-proprietário da Vettura Motorhomes, Bernardino Martins. Com 29 anos de atuação, ele fabrica motorhomes sob medida em São Leopoldo. Diz que veio à feira pela primeira vez neste ano, incentivado pelo Sebrae, para buscar inspiração, inovar e estar à frente no mercado. “Abrir o horizonte”, resume.
Empresa de maior porte, a Copelmi Mineração está representada pelo seu diretor-superintendente, Carlos Faria, que já veio a Hannover três vezes na década de 1990. Retornou agora para buscar tendências e fazer contatos sobre diversificação da matriz energética.
Tendências e contatos sobre diversificação da matriz energética estão no radar de Faria. Guilherme Kolling/Especial/JC
A empresa, sediada em Porto Alegre, tem projetos com o uso de carvão, mas, segundo Faria, já está engajada na transição energética. “Temos consciência de que o problema é o CO2”, admite, observando que a transição segue até 2040, 2050, quando o uso do carvão deve ser abandonado. “A solução está dada para o bem mineral carvão no mundo, mas temos que buscar novas tendências e novas linhas de investimento.”
Rômulo Pehls, CEO da startup Sirros, de Novo Hamburgo, por sua vez, fez contatos em Hannover para aprimorar trabalhos que já desenvolve e eventualmente importar equipamentos e know how, ampliando sua atuação. Especializada em internet das coisas e voltada para a Indústria 4.0, a Sirros busca soluções focadas em inovar o ambiente industrial, e já tem clientes importantes como Grupo Randon e Usiminas, fazendo controle de processos industriais e de qualidade de peças.
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