21 DE JUNHO DE 2022
POLÍTICA +
Leite corrige erro político e desiste de lutar pela pensão
Depois do desgaste provocado pelo recebimento de dois meses da pensão de ex-governador, em valor proporcional ao tempo em que ocupou o cargo, Eduardo Leite fez o que deveria ter feito desde o início: renunciou ao benefício. Ainda que esteja convencido da legalidade do pagamento, atestada pela Procuradoria-Geral do Estado, Leite não mediu o estrago que o recebimento da pensão provocaria em sua recém-lançada pré-candidatura a novo mandato no Piratini.
Nas suas redes sociais, Leite escreveu que o pagamento da pensão é "legal", "transparente" e "dentro das regras éticas e morais", mas que decide abrir mão do benefício para não dar "espaço para mentiras".
No dia 15 de junho, GZH noticiou que Leite havia começado a receber a pensão mensal a que teria direito. Conforme os números do Portal da Transparência, o tucano recebeu R$ 19,6 mil na folha de maio e R$ 20,3 mil referentes a abril, totalizando R$ 39,9 mil brutos.
Diferentemente dos antecessores, Leite teria direito ao rendimento por no máximo quatro anos, e não de forma vitalícia. O valor recebido, de aproximadamente R$ 20 mil, também seria menor do que os R$ 30,4 mil pagos aos demais ex-governadores e viúvas, já que é proporcional aos três anos e três meses em que ficou no cargo até a renúncia.
Ao tomarem conhecimento da pensão, os deputados do Partido Novo ingressaram com ação na Justiça questionando o pagamento. Giuseppe Riesgo e Fábio Ostermann argumentaram que as leis sobre o tema aprovadas em 2015 e em 2021 pela Assembleia Legislativa barram o pagamento. A Justiça deu prazo de 48 horas para a Procuradoria-Geral do Estado apresentar a justificativa de por que o Estado estava pagando a pensão.
Em abril, Leite justificou que requereria a pensão porque, além de ser um direito, não enriqueceu na política e não tem outra fonte de renda.
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