30 DE MAIO DE 2022
OPINIÃO DA RBS
ESPRAIANDO A INOVAÇÃO
Uma das bases para um desenvolvimento mais equânime em termos regionais é a descentralização dos ecossistemas de inovação. Melhor será, para esse objetivo, se mais pontos do Rio Grande do Sul unirem esforços para criar novos polos onde a inventividade e o empreendedorismo sejam incentivados. É promissora, nesse sentido, a consolidação do Instituto Aliança Empresarial. Trata-se de uma iniciativa que engloba municípios do Norte do Estado, mas com epicentro em Passo Fundo. É o resultado da união da Faculdade Imed com companhias e cooperativas locais relevantes, como BSBios, Coprel, Cotrijal, Farmácias São João, Grupo Grazziotin, Hospital Ortopédico, Metasa e Oniz Distribuidora.
A travessia para a nova etapa ocorreu em abril. De hub universitário, se transformou em um instituto, com um espaço próprio dentro da Imed, como conta reportagem de Isabella Sander, na página 17 desta edição. Assim, começa a percorrer uma trajetória semelhante às do Instituto Caldeira, da Capital, e Hélice, baseado em Caxias do Sul, na Serra. O trio, aliás, também traça planos para trabalhar de forma coordenada.
Hoje são três startups que recebem investimento do Aliança Empresarial, e a intenção, claro, é ampliar o número de empreendimentos de alto potencial de crescimento apoiados. Mais do que isso, pode se tornar uma inspiração para que aumente o número de grupos locais interessados em apostar em inovação, um empurrão para o surgimento de novas soluções, mais produtividade e competitividade, contribuindo para o progresso do Norte do Estado.
Pouco importa o ramo, do agronegócio à tecnologia da informação. A busca por inovação, em um mundo de transformações tecnológicas cada vez mais rápidas, vem deixando de ser um diferencial, ao alcance de poucos e privilegiados. Torna-se um imperativo. Nesse sentido, é promissor notar o surgimento constante de novas iniciativas que reúnem empresas, poder público, startups e academia para formar esses ambientes colaborativos concebidos para fomentar a criatividade.
Em todas as regiões do Rio Grande do Sul existe potencial para o surgimento de projetos semelhantes. Há capital humano, empresas de porte, boas universidades e cultura empreendedora. O Estado, da mesma forma, tem lançado editais para apoiar startups e fazer com que boas ideias tenham condições de frutificar e crescer. As fronteiras da inovação no território gaúcho vão se alargando, criando condições para que cada vez mais o Estado esteja conectado e possa ser protagonista da economia do futuro, lastreada no conhecimento. A realização do South Summit, no início do mês, provou que o Rio Grande do Sul quer e pode ser ponteiro nessa corrida.
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