04 DE OUTUBRO DE 2021
Boas notícias brotando nos parreirais da Serra
Gerente agrícola da Vinícola Aurora, cooperativa com 1,1 mil associados em 11 municípios da região, o engenheiro agrônomo Maurício Bonafé explica os motivos do otimismo:
- O inverno foi bom, com as horas de frio necessárias às videiras (horas com temperatura de 7,2°C ou menos). Choveu no momento certo e não houve geadas tardias nem granizo. O resultado é uma brotação excepcional e uniforme, de todas as gemas. Começamos muito bem - diz Bonafé.
Esse processo, relata o presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), Sandro Valduga, tem atraído a atenção dos visitantes. Muitos acompanharam a poda de inverno (chamada de "poda seca") e agora retornam para ver de perto o nascimento dos brotos, movimentando o enoturismo, que vive um momento de aquecimento após o auge da pandemia.
Ainda é cedo para prever a qualidade da safra de 2022, porque o desfecho dependerá de uma série de fatores. A equação inclui a floração, a colheita e, é claro, as peripécias do clima.
Se o desabrochar das flores corresponder às expectativas e se São Pedro colaborar (ajuda aí, São Pedro!), os experts não descartam a hipótese de repetir a "safra das safras", registrada em 2020, com qualidade inigualável.
- O pessoal está feliz porque brotou bem. Há anos não temos uma brotação assim. É claro que ainda há longo caminho pela frente, mas, com a profissionalização do setor, dificilmente teremos uma safra ruim - resume Valduga, proprietário da Vinícola Terragnolo, em Bento Gonçalves.
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