sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023



10 DE FEVEREIRO DE 2023
REDUÇÃO DAS FILAS

Oftalmologia, cirurgia geral e ortopedia são as prioridades

Em entrevista à Rádio Gaúcha, a titular da Saúde no Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, afirmou que o desejo da Secretaria Estadual de Saúde (SES) é iniciar a realização das consultas e cirurgias eletivas em abril deste ano.

Oftalmologia, ortopedia e cirurgia geral devem ser as especialidades priorizadas. A ação faz parte do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, do Ministério da Saúde.

Uma portaria publicada na segunda-feira oficializou o programa no Sistema Único de Saúde (SUS). Na primeira etapa da medida, serão destinados R$ 32.252.269,58 ao Rio Grande do Sul para a realização de mutirões desses procedimentos represados - em grande parte, em razão da pandemia de covid-19. A secretária explica que o valor se soma ao programa Cirurgia Mais, lançado pelo governo gaúcho no ano passado, totalizando R$ 82 milhões.

O Estado tem 30 dias para entregar, ao Ministério da Saúde, o Plano Estadual para Redução das Filas de Cirurgia Eletiva, Exames Diagnóstico e Consultas Especializadas, condição obrigatória para receber os recursos.

O valor será repassado em três parcelas. A primeira será de R$ 10 milhões, assim que o relatório for aprovado pela União. O restante do valor virá de acordo com a produtividade, explica Arita. Ou seja, os hospitais precisam comprovar a realização destes serviços para que o recurso seja repassado.

- Gostaríamos que em abril já pudéssemos estar com todas as áreas que serão prioritárias - relatou a secretária da Saúde.

O Ministério da Saúde não estima prazos para o início da realização das cirurgias e consultas, mas Arita reforçou que os planos têm validade de um ano. O Plano Estadual é elaborado em conjunto ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems/RS), que é a entidade representativa dos gestores municipais.

- Vamos colocar (no relatório) três áreas que, para nós, são prioridade. Oftalmologia, onde temos um número muito expressivo de pessoas aguardando, principalmente cirurgias de catarata, que são quase 85,5 mil pessoas. Na ortopedia, 36,3 mil pessoas. E na cirurgia geral, outra área que também tem demanda reprimida, com 21 mil na lista de espera - explicou.

Consultas

Ela enfatizou, ainda, que esses números são referentes a consultas nas áreas. Não significa, ainda, que existe a necessidade de cirurgia em todos os casos. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) contabiliza 309 mil consultas e exames especializados não urgentes na fila de espera no SUS.

Os dados acumulam encaminhamentos registrados no Sistema de Gerenciamento de Consultas (Gercon) até o dia 3 de fevereiro. Os números não incluem as cirurgias eletivas, pois esses procedimentos são encaminhados pelos hospitais.

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