14 DE FEVEREIRO DE 2023
ACERTO DE CONTAS
Leilão de conhecida área educacional Ampliação em projeto Prateleiras esvaziadas
Poucos dias após ter falência decretada na Justiça, a coluna visitou a unidade da Livraria Cultura no shopping Bourbon Country. No final de semana, clientes curiosos foram em peso revisitar o espaço. Encontraram já algumas prateleiras vazias e outras sendo esvaziadas por editoras parceiras.
Segundo o presidente da Câmara do Livro do RS, Maximiliano Ledur, a Cultura subloca espaços para as editoras de livros, em um modelo de parceria. Agora, em meio a incertezas, algumas já estão retirando seus produtos do local.
- A Cultura já vem adotando parcerias em Porto Alegre e São Paulo, dividindo custos de aluguel com parceiros, e estava funcionando muito bem. Aqui em Porto Alegre são cinco parceiros. Alguns já retiraram seus materiais - disse Ledur, que também é dono da editoria AGE, uma das parceiras da Cultura.
Eles têm contrato de parceria até o dia 15. Depois, também retirarão os livros. O cenário se repete no segundo andar, onde há seções completamente esvaziadas. Leia a matéria completa em gzh.rs/livrariacultura.
Em recuperação judicial desde 2021, a Educação Metodista está levando a leilão o terreno e os prédios da conhecida instituição de ensino IPA, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre. A área total a ser leiloada tem 46,6 mil metros quadrados, mas quem comprar poderá usar apenas cerca de 31 mil metros quadrados, que englobam parte dos prédios e do terreno. Há uma outra fração, onde hoje ainda funciona a instituição, que, embora também esteja sendo posta a leilão, ficará para a Associação da Igreja Metodista (AIM)continuar com as atividades.
- Os prédios tombados vão ser mantidos para a faculdade e a escola. Quem arrematar poderá usar, efetivamente, a parte que hoje está ociosa - explicou à coluna o leiloeiro responsável, Norton Jochims Fernandes.
Uma proposta de compra já foi apresentada pela Cyrela. Isso porque o leilão está sendo feito sob uma modalidade em que o comprador já demonstra interesse antes do arremate acontecer. Nela, a construtora oferece uma permuta de 28% sobre o valor geral de venda (VGV) dos empreendimentos imobiliários que pretende construir no local.
Foi feito um cálculo, apresentado no edital, que estima que esses 28% oferecidos pela Cyrela darão um valor médio de referência de R$ 190,2 milhões, mas que pode chegar a R$ 272,04 milhões. Essa diferença se dá pela quantidade de torres, entre três e cinco, que podem ser aprovadas no futuro, se a empresa vencer o leilão. Caso haja alguma adversidade, o valor mínimo garantido a ser pago é de R$ 133,17 milhões, em um período de 10 anos após a aprovação do estudo de viabilidade econômica. A empresa também se compromete a dar uma "entrada" de R$ 59 milhões.
Embora mantenha a posse dos prédios tombados para a Associação da Igreja Metodista, a propriedade será, inicialmente, vendida junto no leilão. Por ter partes tombadas, e por contemplar um terreno maior, dará índices construtivos favoráveis à construtora na hora do licenciamento. Após, passará por um processo de desmembramento, onde a compradora precisará "retransmitir" à AIM o registro daquela área em específico.
A partir da publicação do edital, que ocorreu ontem, as empresas terão 15 dias para fazer o cadastro com o intuito de mostrar interesse, caso queiram fazer o modelo de permuta, como da Cyrela. Quem tem interesse sem permuta precisa, apenas, de prova de capacidade financeira. O leilão está marcado para o dia 7 de março. O lance inicial, desconsiderando a proposta da Cyrela, é de R$ 109.007.556.
A Fruki aumentou de R$ 153 milhões para R$ 174 milhões o investimento da nova fábrica que constrói em Paverama, no Vale do Taquari. O aporte cresceu porque a conhecida indústria de bebidas decidiu ampliar de 15 mil para 22 mil metros quadrados a área construída da operação. O novo espaço será, inicialmente, usado para estocagem.
- Necessitamos de uma área maior para estocagem de produtos, pois desejamos ampliar nosso portfólio. Além disso, nossa intenção é deixar as instalações já preparadas para uma futura ampliação de capacidade produtiva - disse à coluna a presidente da empresa, Aline Eggers.
A terraplenagem já estava prevendo o dobro da até então área construída, que era de 15 mil metros quadrados. De acordo com a Fruki, o local responderá pela produção de 200 milhões de litros de bebidas por ano, que se somam aos 420 milhões já fabricados em Lajeado, na sede da empresa.
A operação de Paverama contará com a fabricação de todos os refrigerantes, além da água mineral Água da Pedra. A inauguração deve ocorrer em novembro.
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