Petrobras usa cautela ao baixar diesel
A Petrobras usou cautela ao ao baixar o preço do diesel nas refinarias em R$ 0,40, ou 8,9%. Na estimativa atualizada até terça-feira da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o "excesso de preço" nas bases da Petrobras era de R$ 0,60.
Na segunda-feira, várias consultorias apontaram grande diferença - para mais - entre os preços internos e os de referência internacional.
Até a sexta-feira passada, o barril de petróleo estava abaixo de US$ 80. No início desta semana, a cotação do tipo brent subiu cerca de 5%. Parte da alta se deve ao fechamento de uma base de exportações de óleo na Turquia, provocada pelo terremoto que abalou o país.
Na gasolina, a projeção de sobrepreço no Brasil caiu para cerca de 6% com a alta do barril. Esse patamar tira pressão da Petrobras para reduzir também esse valor cobrado nas refinarias - ao menos por enquanto.
Joalherias serão parceiras contra garimpo
Não só mais da metade do ouro comercializado no Brasil em 2021 tinha indícios de ilegalidade como a mineração formal está perdendo espaço, lamentou ontem o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann:
- Pela primeira vez, a área do garimpo é maior do que a da mineração legal. Em 1985, ambas tinham cerca de torno de 106 mil hectares, mas houve alta forte do garimpo entre 2018 e 2019, que hoje soma 196 mil hectares, enquanto a mineração legal ocupa 170 mil.
Ao fazer balanço de 2022, Jungmann fez questão de lembrar que o Ibram atua no combate do garimpo ilegal antes que a crise dos yanomami se tornasse mais conhecida.
- A mineração ilegal destrói vidas e a natureza, como vemos agora na Terra Yanomami. Nossa posição muito firme vem desde o ano passado. Com o Instituto Escolhas, fomos até o presidente do Banco Central, que nos recebeu muito bem com sua equipe, pedindo a fiscalização de DTVMs (distribuidoras de títulos e valores mobiliários), porque cinco dessas empresas movimentam 90% do ouro com indícios de ilegalidade no país, fazem a lavagem do ouro ilegal.
Conforme Jungmann, para mudar essa situação, é preciso, em primeiro lugar, fazer a repressão da atividade criminosa. Outro passo importante, frisou, é a formação de um comitê com participação de associadas ao Ibram - que são auditadas - e joalherias para buscar um acordo que permita a produção e a comercialização apenas de ouro certificado.
Outro caminho é sensibilizar os importadores de ouro brasileiro, como Suíça e Inglaterra, citou. No caso da Suíça, detalhou, 70% das exportações brasileiras ao país são de ouro. No dia 27, Ibram e Escolhas voltarão ao BC para tratar do tema, e também à Receita Federal, visitada no governo passado.
Um dos objetivos, disse Jungmann, é impor a exigência de nota fiscal eletrônica na comercialização de ouro, o que permite cruzar dados.
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